Revista Ensino Superior | Fnesp: 25 anos de boas e necessárias provocações
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Educação

Colunista

Alexandre Gracioso

Especialista e consultor em ensino superior e gestão educacional

Fnesp: 25 anos de boas e necessárias provocações

Envolto pela quarta revolução industrial, o setor precisa de novos rumos para auxiliar estudantes a conquistar a empregabilidade

Fnesp Minsitro da Educação marcou presença na última edição (Foto: Jonathan Nóbrega/Semesp)

Há anos que tenho compromisso marcado na última quinta e na última sexta-feira de setembro: participar do Fnesp. Infelizmente, preciso admitir que não consegui participar todos os anos, faltei em algumas edições recentes, nas realizadas presencialmente após a pandemia de covid-19. Mas, este ano, depois de ter me ausentado em duas ou três edições do congresso, lá estava eu de volta. E bem no ano de comemoração da 25ª edição do evento.

1/4 de século, Bodas de Prata, é uma ocasião a ser celebrada e, no caso do Fnesp de 2023, penso que os organizadores quiseram comemorar trazendo uma pauta que, além de atual e oportuna – características que sempre estiveram presentes nas temáticas centrais debatidas em edições anteriores –, é polêmica e desafiadora, um testemunho de que o evento se mantém jovem e com coragem para provocar a reflexão.

Com o objetivo de realmente nos fazer pensar sobre o modelo de curso que oferecemos, o evento deste ano trouxe dois palestrantes internacionais, os professores Sanjay Sarma e S. P. Kothari, ambos do MIT, para falar sobre novos modelos de cursos de graduação. Não é objetivo deste artigo debater os argumentos propostos por eles, que podem ser apreciados no site oficial do projeto que eles lideram, o New Educational Institution (1), e no paper Ideas for Designing An Affordable New Educational Institution (2).

O meu ponto é que são argumentos interessantes, inovadores, provocadores. Não só isso, as ideias que eles defendem estão bastante alinhadas com a pesquisa Qual o modelo ideal de IES na visão dos estudantes, divulgada pelo Instituto Semesp e pela Workalove Edtech durante o evento. Ou seja, foi muito interessante perceber que as necessidades e tendências discutidas no âmbito nacional estão alinhadas com o que se debate internacionalmente.

 

Confira a cobertura do 25° Fnesp

 

Mas, o que discutimos nestes 25 anos? Creio poder dividir esses encontros em três grandes grupos, cada um correspondendo a uma década (confira os temas das edições anteriores em https://www.semesp.org.br/fnesp/edicoes/).

• Primeira década do evento (1999 – 2008): Localizar o ensino superior particular na sociedade brasileira. Chamar a atenção do órgão regulador para o fato de que o setor privado, correspondente por mais de 80% das matrículas no ensino superior, precisa de políticas públicas adequadas;
• Segunda década do evento (2009 – 2018): Transformar as IES para melhor servir à sociedade: desafios da liderança educacional e o empreendedorismo nas IES, a transformação do DNA institucional frente à 4ª revolução industrial;
• Terceira década do evento (2019 – atual): Aprofundar o foco no indivíduo e na experiência do indivíduo. O Fórum vem provocando as IES a se repensar a partir do ponto de vista do estudante. Uma outra forma de acompanhar essa evolução é a partir de uma nuvem de palavras composta pelos temas das 25 edições do Fórum.

 

nuvem de palavras

Propositadamente, foram omitidas as expressões “Educação Superior” e “Ensino Superior”, que seriam os termos de maior destaque por darem nome ao setor. Esse procedimento foi feito para dar maior visibilidade a outras temáticas. Então, desconsiderando esses dois termos, o que discutimos? Falamos muito em Desafios. Pelo visto, não foram anos exatamente fáceis, apesar do crescimento que o setor apresentou no período. Não só isso, mas ficamos com a impressão, a partir das temáticas discutidas nos eventos do Fnesp, de que fomos continuamente chamados a provar nosso valor para a sociedade. Para tanto, precisamos nos reinventar, transformar nossas instituições. As IES que passaram por essas duas décadas e meia em boa saúde não tiveram uma trajetória suave.

 

Lei também: Evento digital provoca e inspira as IES

 

A liderança que exercemos em nossas instituições também foi discutida, assim como nossa capacidade efetiva de pensar e empreender mudanças, lidar com a mudança de forma efetiva. Envolto pela quarta revolução industrial, o setor precisa de novos rumos para auxiliar estudantes a conquistar seu principal anseio ao ingressar em uma IES: empregabilidade. Não é só isso que nossos estudantes esperam de nós, há outras expectativas, mas nenhuma delas é tão compartilhada quanto o desejo de ter uma boa empregabilidade.

Por outro lado, essa nuvem também mostra uma ausência, que vem sendo trabalhada nas edições mais recentes: o termo “Aprendizagem” não aparece. Essa temática até vem sendo tratada especialmente nas duas últimas edições, quando falamos bastante sobre a experiência do estudante. Mas, será que não seria o caso de termos uma edição específica sobre o assunto? Fica a sugestão para o Semesp 2024.

Então, até o ano que vem, na última quinta e na última sexta-feira de setembro! Encontro marcado!

 

Referências

1Disponível em: https://www.projectnei.com

2Disponível em: https://www.projectnei.com/_files/ugd/d859ad_34231b04e5624002b-4d63140f3feb26b.pdf.

Por: Alexandre Gracioso | 23/10/2023


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