NOTÍCIA
Uma educação para esse novo mundo precisa perceber a urgência da incorporação de tais avanços para que a tecnologia não seja tão inacessível como é agora
Publicado em 01/12/2021
Durante o mês de novembro, o tema quente foi a chegada da tecnologia 5G ao Brasil, trazendo avanços e facilidades que certamente impactarão mais nossa relação com máquinas e algoritmos. E se pudéssemos identificar os “5Gs” que o contexto educacional precisa incorporar para acompanhar essa realidade, sem se tornar obsoleto mais rápido que um download? Uma educação para esse novo mundo precisa ser:
Um conceito defendido por Dewey, para quem o aprendiz precisa agir de forma cooperativa, proativa e ser original. Uma educação genuína se sustenta muito mais na interdependência de saberes, que conduz o aluno ao aprendizado, respeitando o seu modo próprio de internalização e aplicação das informações e não da forma linear e despersonalizada como a educação tradicional promove.
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Nesse contexto surge o grande desafio de superar o ensino focado na imposição hierárquica, na separação do conhecimento em caixas e no uso de processos de repetição e punição como meios de alcançar o objetivo educacional, tendo em vista que a necessidade hoje é formar pessoas capazes de pensar, produzir conhecimentos de forma autônoma e resolver problemas complexos, pois esse é o fluxo de uma sociedade democrática.
Usar as teorias e elementos aplicados em jogos para atingir metas de ensino é uma das ferramentas mais eficazes e não apenas para crianças, pois é uma forma de colocar o aluno, de forma ativa, em busca da construção do próprio conhecimento e da solução para os problemas apresentados. Além de estimular o desejo de aprender, de se superar através da recompensa, em cada fase o conhecimento vai ficando mais coeso, gerando nele não apenas a aquisição de conteúdos como também fortalecendo a sua autoestima, resultados que nenhuma outra metodologia consegue alcançar com facilidade. A gamificação promove autonomia e resgata o prazer da jornada de aprendizagem, facilitando o percurso formativo, conjugando com uma tarefa primária da humanidade: o brincar.
Esse termo aponta para dois sentidos na educação: o primeiro é a metodologia, que contempla uma visão integrada do processo de ensino-aprendizagem e o segundo diz respeito ao processo de expansão econômica, política, cultural, de nível mundial, enfatizando a forma como indivíduos e sociedades são afetados.
Enquanto em outros tempos era entendida como sinônimo de mobilidade de alunos e professores em deslocamento geográfico para instituições no exterior, atualmente, e com o reforço do período em que estivemos confinados, o entendimento da globalização na educação tem ido muito além, incorporando temas presentes na agenda global, como: erradicação da pobreza e da fome, saúde de qualidade, consumo responsável, energias renováveis, cidades e comunidades sustentáveis.
São assuntos que podem e devem fazer parte de qualquer currículo no preparo de gerações para o enfrentamento desses desafios mundiais.
O evento mais revolucionário na educação foi o uso do computador, sendo um auxílio ao professor e ao estudante no manuseio de conteúdo, facilitando a aprendizagem. Logo, é possível visualizar a geração de novas tecnologias sendo impactada à medida que a escola formar indivíduos capazes de inovar a partir do uso dos recursos existentes. Além do mais, as fronteiras do conhecimento são alargadas com o uso massivo da tecnologia em pesquisas e laboratórios. A incorporação desses avanços é urgente e necessária, é preciso unir forças para que a tecnologia não seja tão inacessível como agora, tanto para instituições de ensino como para populações inteiras sem acesso à internet, por exemplo.
A formação educacional de um cidadão está diretamente ligada ao seu nível de empregabilidade. De acordo com dados do IBGE de 2019 a média salarial brasileira aumenta à medida que cresce o tempo de estudo formal do indivíduo. Inclusive outros dados do Banco Central mostram que o aumento da escolaridade do brasileiro aumentou seu salário médio em 12% entre os anos de 2012 e 2018, mesmo considerando as diferenças que, infelizmente, ainda são expressivas entre os rendimentos de homens e mulheres nas mesmas funções e entre pessoas brancas e negras.
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Vale sempre lembrar que tecnologias e metodologias são ferramentas que enriquecem o processo da educação, e que o professor continua sendo o recurso mais importante na formação pessoal e profissional. Com o 5G, iremos interagir muito mais com máquinas para todo trabalho repetitivo e mecânico.
Por isso mesmo a educação precisa focar na formação humanística, que permita aos educandos a diferenciação pela criticidade, inventividade e habilidades de criação, análise e resolução de problemas complexos. Eles precisarão agregar mais valor que o Watson, que não dorme, nem adoece, não reclama e não tem CLT.
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