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Plágio e má conduta acadêmica: 3 dicas para prevenir

Instituições utilizam tecnologia educacional para auxiliar professores na detecção de similaridades em um texto

Publicado em 09/11/2021

por Redação Ensino Superior

plágio-1 Foto: reprodução

Uma pesquisa realizada em 2018, revelou que 87% dos alunos que chegavam à Unicamp, tanto na graduação como na pós-graduação, não sabiam exatamente o que é ou configura plágio. O levantamento foi feito pela consultoria acadêmica Data 14, em parceria com a Turnitin, empresa do ramo de tecnologia educacional cujos serviços já apoiam mais de 15.000 instituições em todo o mundo.

Marcelo Krokoscz, doutor em educação pela USP, explica que nem sempre a pessoa que pratica o plágio age de má fé, justamente por não saber o que configura esse tipo de má conduta. “As instituições e os educadores não podem partir do princípio de que os alunos sabem o que é má conduta, às vezes o aluno não sabe fazer uma citação corretamente, por isso é preciso falar sobre o assunto, mas de uma maneira positiva, de forma a contribuir com o conhecimento desse aluno”, afirma.

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plágio acadêmico
Foto: reprodução

Tecnologia como aliada 

O ensino remoto, agora já híbrido em muitas instituições, traz novos desafios tanto para alunos quanto para educadores. A falta de um contato mais direto com os estudantes, dificultou a discussão em torno da má conduta no ambiente escolar e, neste cenário, a tecnologia tem se tornado uma aliada dos educadores rumo a um caminho de orientar melhor os alunos.

“Softwares que identificam similaridades em textos podem detectar cópias parciais ou integrais de trabalho acadêmico. Mas é importante frisar que essas ferramentas não devem ser usadas de uma forma punitiva para o aluno, e sim de uma maneira mais educativa, conscientizando o estudante e dando o suporte necessário para que ele desenvolva o seu próprio pensamento original”, explica Cesar Barreto, executivo de contas LATAM na Turnitin. 

Barreto destaca ainda que, no caso de ferramentas de detecção de similaridades, não é a ferramenta em si a responsável por identificar um caso de plágio ou fraude, essa tarefa cabe à instituição e ao educador. “A ferramenta traz uma determinada porcentagem de similaridades encontradas no texto, mas não há um padrão de quantos por cento configura um caso deliberado de má conduta. Por isso, essa interpretação deve ser feita pelo professor, que vai avaliar se o aluno sabe fazer citações corretamente, por exemplo”, afirma.

Ao invés de punir, é preciso pensar em prevenção

O uso da tecnologia ajuda, mas não deve ser a única ação desenvolvida pelas instituições de ensino. Cesar Barreto afirma que o ideal é trabalhar com prevenção e orientação quando o assunto é má conduta acadêmica, explicando questões relacionadas a originalidade e o desenvolvimento do pensamento crítico. Três ações que podem ajudar neste processo são: 

  1. Criar um senso de pertencimento para que os alunos se sintam vistos e incluídos. Isso pode ser feito oferecendo momentos para atendimento virtual e reuniões personalizadas para aumentar o tempo e qualidade da conversa com os alunos. Uma relação de confiança vai ajudar a obter insights dos estudantes.
  2. Aumentar os ciclos de feedback para orientar os alunos no processo de aprendizagem. Os professores podem combinar suas avaliações com as necessidades dos alunos por meio desta análise. Desta forma, a eficácia do ensino aumenta, os estudantes se sentem mais respaldados e as avaliações são projetadas com integridade.
  3. Ao buscar ferramentas de verificação de similaridade e que garantam Integridade Acadêmica, certifique-se de que a proposta tenha os melhores recursos para o ensino-aprendizagem. Dentro das melhores práticas estão incluídos feedback, a oportunidade de diagnosticar lacunas na aprendizagem por meio de análise de itens, além da oferta de uma estrutura para apoiar a interação de professores e alunos durante os trabalhos.

Durante a pandemia a Turnitin viu crescer em três vezes a submissão de trabalhos em sua ferramenta que identifica similaridades, e em 10 vezes os registros para uso de sua plataforma de avaliação, mostrando ser um dos meios mais buscados entre as instituições para trabalhar neste problema. Segundo informações da assessoria de comunicação da empresa, entre as 20 melhores universidades da América Latina, 14 usam seus softwares. 

“Por não ser tão fácil de ser abordado por instituições e educadores, o tema muitas vezes não é tratado como deveria e acaba trazendo preocupações. O plágio é considerado crime e quem o pratica pode responder na justiça”, destaca porta-voz. 

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Redação Ensino Superior


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