NOTÍCIA
Disciplinas extracurriculares do programa de soft skills foram estabelecidas com base nas principais demandas corporativas
Publicado em 31/10/2024
A necessidade de capacitar estudantes para o mercado de trabalho foi determinante para que o Centro Universitário IESB, em Brasília, lançasse o Programa de desenvolvimento de habilidades socioemocionais (soft skills). A iniciativa disponibilizará 14 conteúdos extracurriculares que visam impulsionar as habilidades profissionais e emocionais do corpo discente.
Com início previsto para novembro deste ano, o programa será dividido em dois núcleos – competências soft skills e conteúdos de empregabilidade. Gratuitas, as disciplinas poderão ser cursadas de forma opcional pelos estudantes das graduações presencial e a distância.
Para o mapeamento das competências ofertadas nos dois núcleos, os gestores do IESB buscaram compreender as principais demandas do mundo atual. “Temos a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e outras instituições falando sobre as competências necessárias para o século 21. Acompanhamos esse debate e observando o que é feito por outras instituições, nacionais e internacionais, identificamos essas áreas como as mais importantes para começarmos o projeto”, explica Luiz Cláudio Costa, reitor.
O núcleo de competências soft skills contempla as disciplinas de relacionamento interpessoal, inteligência emocional, pensamento crítico, comunicação, trabalho em equipe e colaboração, liderança e marketing pessoal. Já no núcleo voltado para a empregabilidade estão as disciplinas de responsabilidade social, educação financeira, empreendedorismo, tomada de decisão, metodologia ágil, gestão de projetos e propósito.
Entre os dois núcleos, o projeto começará com as disciplinas de relacionamento interpessoal, educação financeira e empreendedorismo. “Existem outras, mas essas são algumas das competências mais importantes. O relacionamento interpessoal, por exemplo, está em todas as atividades, seja na vida de um estudante, de um formando ou estagiário, todos precisam”, pontua.
Para Costa, a expectativa é de grande adesão. “Já havíamos conversado com os alunos e percebemos que existe essa demanda. É também uma questão cultural, além de entender que haverá essa possibilidade de expandir os seus horizontes, o estudante precisa estar motivado”, diz.
Na 4ª Pesquisa de Empregabilidade do Instituto Semesp, em parceria com a Workalove e Pravaler, 52% dos respondentes afirmaram que não foram auxiliados no ingresso ao mercado de trabalho por suas instituições. Na avaliação de Luiz Cláudio Costa, o programa de soft skills é uma forma de auxiliar os alunos do IESB. “E falaremos sobre isso. No núcleo de empregabilidade, temos a disciplina de propósito que mostrará ao estudante como tomar decisões. Podemos preparar o aluno para entrevistas de emprego e no desenvolvimento de seu currículo. Ajudar o estudante em seu projeto de vida é um diálogo que a instituição deve fazer”, afirma.
O reitor lembra que, em um mundo em transformação, estabelecer apenas as competências técnicas já não é mais o suficiente. “Esse é um projeto muito mais amplo, que ainda precisa ser ampliado. O programa ajudará o pós, servirá para estabelecer o diferencial de um egresso do IESB e sua vida após a formação na instituição”, acrescenta.
As aulas serão disponibilizadas em plataforma digital com avaliação por meio de questionários de múltipla escolha. Serão certificados os alunos que obtiverem desempenho mínimo de 70% nas atividades avaliativas.
Além do programa de soft skills, o IESB trabalha em uma nova iniciativa. Dessa vez, no âmbito da inteligência artificial. “Quero que todos os nossos estudantes tenham acesso ao entendimento do que é a IA. Somos a primeira instituição brasileira a ter um curso de graduação em inteligência artificial, criado em 2018 com a convicção de que era uma onda que estava chegando. E agora não é uma preocupação apenas dos especialistas, todos os profissionais precisam saber como se relacionar com IA e como tirar o melhor dela”, adianta Luiz Cláudio Costa.
De acordo com o reitor, todos os cursos da instituição terão uma introdução a IA. “Precisa estar no currículo. É importante que o dentista, o biomédico e o advogado saibam como fazer o uso dessa tecnologia em suas áreas”, frisa.