Por Mike Nguyen*/The Hechinger Report

Como o primeiro da minha família a cursar uma faculdade, eu tinha um profundo compromisso de me destacar academicamente e conseguir admissão em uma universidade de ponta. Crescendo em meio à agitação do Vale do Silício, sempre imaginei um futuro brilhante pela frente, com a faculdade como um dos meus principais objetivos desde o ensino fundamental.

Nas minhas escolas de ensino fundamental e médio, a proporção aluno-professor era ainda maior do que a listada online. Havia falta de tecnologia em sala de aula e de recursos como livros didáticos de história. Nossos dois orientadores do ensino fundamental gerenciavam centenas de alunos cada, tornando quase impossível para eles acompanharem o progresso acadêmico individual e as metas educacionais. Depois, frequentei o ensino médio em uma escola particular, graças ao apoio da minha família. Nossos professores atenciosos se esforçaram para conhecer cada aluno, e orientadores dedicados me defenderam quando mais precisei.

No entanto, quando surgiram as conversas sobre a faculdade, navegar pelo sistema complexo foi difícil. Tive que traçar meu próprio caminho para o sucesso por meio de pesquisas independentes, muitas vezes analisando dados dispersos e inconsistentes. Isso prejudicou minha capacidade de me informar sobre as taxas de ingresso na faculdade, custos, resultados e perspectivas de emprego após a formatura.

Os recursos limitados disponíveis em muitas escolas carentes em todo o país tornam o ambiente mais desafiador para os alunos obterem suporte e se destacarem, limitando assim seu verdadeiro potencial acadêmico.

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No meu último ano do ensino médio, depois de adquirir uma nova confiança enquanto servia como comissária geral na comissão de juventude do meu condado, decidi tentar desafiar o status quo no ensino superior por meio do poder dos dados e encontrar uma maneira de me manifestar em nome de outros estudantes de primeira geração que se veem interagindo com sistemas que não foram projetados levando em conta suas experiências. Meus mentores em um banco de alimentos regional, onde trabalhei como voluntária, me moldaram para liderar com confiança e coração.

Quando recebi minha carta de admissão da Universidade da Califórnia, Berkeley, me senti profundamente honrado por ganhar uma vaga em uma das principais instituições de pesquisa e ensino do mundo.

Agora sou membro do conselho consultivo do recém-criado Sistema de Dados do Berço à Carreira da Califórnia, o sistema longitudinal do estado que conecta dados sobre educação e resultados de carreira em um único local central. Aprendi em primeira mão que os recursos disponíveis para os alunos avaliarem seus potenciais rendimentos na pós-graduação muitas vezes se baseiam em dados ou estimativas autoenviados, em vez de uma visão geral precisa dos resultados da faculdade e da carreira.

Como parte desse trabalho, agora estou ajudando os líderes do meu estado a desenvolver ferramentas como o painel Student Pathways , que fornece insights sobre as opções de ensino superior disponíveis para os alunos após o ensino médio.

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A ferramenta disponibiliza informações em um único site para acesso de todos a qualquer momento. Ao simplificar o acesso a esses dados, permite que alunos e adultos que os auxiliam identifiquem facilmente quais tipos de diplomas ou certificações são adequados para eles, o que pode levar a oportunidades de emprego onde moram e para quais faculdades ou universidades os colegas de classe dos alunos estão se matriculando.

Os alunos precisam de acesso que os ajude a traçar seus futuros – seja para cursar uma faculdade, obter um certificado ou ingressar no mercado de trabalho logo após o ensino médio. O uso de dados na ferramenta de caminhos pode esclarecer como outros percorreram o caminho até a faculdade e, com sorte, ajudar os alunos a traçar seus próprios caminhos.

Como membro mais jovem do conselho consultivo, tenho a oportunidade de apresentar propostas e recomendações, da perspectiva de um aluno, sobre como o sistema pode interagir com as comunidades para tornar seus dados mais acessíveis. O envolvimento da comunidade envolve garantir que os californianos estejam cientes do sistema de dados, possam compreender e interpretar os dados disponíveis e tenham a oportunidade de compartilhar seus comentários.

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Muitas vezes penso em como as inúmeras horas que passei tentando encontrar informações que me ajudassem a orientar meus objetivos e a tomar decisões foram um fardo e uma barreira para ingressar na faculdade. Sei em primeira mão como o poder dos dados pode ajudar a construir um futuro de sucesso.

Hoje, muitos estudantes universitários de primeira geração e de baixa renda não têm a oportunidade de avaliar quais caminhos darão mais frutos. Estou confiante de que, com fatos e dados acessíveis para nossa tomada de decisões, podemos trilhar com segurança os caminhos que darão vida aos nossos sonhos.

*Mike Nguyen é um estudante do terceiro ano de administração de empresas e ciências, tecnologia e sociedade na Haas School of Business da Universidade da Califórnia, Berkeley. Este artigo foi escrito em colaboração com Alexis Takagi, coordenadora de necessidades básicas da Universidade de Santa Clara. Tanto Nguyen quanto Takagi são membros do conselho consultivo do Sistema de Dados do Berço à Carreira da Califórnia.

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Ensino Superior