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Empregador é que deve comprovar que seus funcionários recebem o mesmo salário; no Brasil, desigualdade salarial é maior em profissionais com ensino superior
Publicado em 24/01/2019
Há anos se discute a necessidade de acabar com a diferença de salários entre homens e mulheres na mesma função. Até na cerimônia do Oscar já houve quem defendeu isso.
Enquanto a maioria dos países e empresas ficam no discurso, a Islândia resolveu o problema de uma forma bem simples: por lei. As empresas, sejam elas públicas e privadas, agora serão multadas se fizerem discriminação de gênero na folha de pagamento. Espera-se que até 2022 a prática seja eliminada do país.
O diferencial da atitude islandesa em relação a países que já possuem alguma ferramenta de combate à discriminação está no fato de que são empregadores que terão de comprovar a isonomia para obter um certificado.
No Brasil, a diferença salarial entre mulheres e homens vem diminuindo ao longo dos anos, mas ainda assim os números são expressivos. Dados do IGBE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2018 apontam que as profissionais trabalham três horas a mais que os homens e mesmo quando possuem nível educacional acima, o salário delas corresponde a 76,5% do rendimento dos colegas masculinos. As mulheres são ainda minorias em cargos de gestão.
Pesquisa realizada pelo site de empregos Catho ainda aponta que a diferença salarial é maior entre profissionais com ensino superior e MBA — elas recebem quase a metade do salário masculino.
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