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Pesquisa aponta que autonomia, responsabilidade e liberdade são fundamentais para estimular a curiosidade e, consequentemente, a inovação
Publicado em 02/02/2019
As empresas querem que o trabalhador inove, mas será que elas sabem o que de fato é determinante para isso acontecer? Um estudo feito em Harvard com mil líderes destacou que encorajar a curiosidade do funcionário e recompensá-lo por isso são atitudes fundamentais para criar um ambiente de trabalho mais criativo.
Com base nesse resultado e partindo da premissa de que ter habilidade para inovar no campo profissional está diretamente ligada ao grau de curiosidade de cada indivíduo, a Merck, empresa global de ciência e tecnologia, entrevistou três mil funcionários da Alemanha, China e Estados Unidos para produzir o Relatório Global de Curiosidade 2018.
Segundo o levantamento, os nascidos entre 1982 e 1995 são os mais curiosos e o grupo com menor interesse, para a surpresa de muitos pesquisadores, é o da geração que nasceu após 1995, a chamada geração Z.
Os dados também apontam que funcionários de grandes organizações obtiveram um índice de curiosidade 17% superior do que os que atuam em empresas menores.
Carl Naughton, linguista e cientista educacional e um dos consultores da Merck para a elaboração da pesquisa, afirma que a curiosidade é o combustível para a inovação e que essa atitude deve ser vista de maneira mais ampla. “A curiosidade não é apenas encontrar novas ideias. É sobre poder lidar com o novo, o complexo. É sobre ser capaz e disposto a continuar, mesmo que o novo traga consigo sentimentos desagradáveis.”
Autonomia, responsabilidade e liberdade são os principais elementos que auxiliam a impulsionar o interesse pelo novo, segundo os participantes. Entretanto, para os mesmos, hierarquia, falta de troca e vigilância são as principais barreiras que inibem a curiosidade.
A maioria dos entrevistados que afirmam ser altamente curiosos no trabalho dizem que recebem oportunidades de tempo e de treinamento necessárias para desenvolver novas ideias.