NOTÍCIA
Empresa desenvolve solução para identificar os meios de comunicação que mais impactam os futuros alunos. Unisuam e UniBrasil já aderiram à plataforma
Publicado em 17/05/2019
Depois de conquistar importantes clientes no setor financeiro, imobiliário e automotivo (estão em mais de 800 concessionárias), a startup brasileira PhoneTrack entrou no mercado educacional para ajudar a equipe de marketing a monitorar a eficácia das campanhas digitais.
Leia também:
Startup desenvolve sistema para evitar a evasão de alunos
Plataforma promete captar e reter alunos e ainda colocá-los no mercado de trabalho
Além de levantar o número de ligações recebidas pela empresa, o serviço desenvolvido consegue identificar qual campanha motivou a pessoa a entrar em contato – se foi a do Facebook, a realizada no site etc.
Os dados também permitem à área de vendas compreender a jornada do aluno até a sua chegada na instituição e gerar informações estratégicas. . Outra importante funcionalidade é a recuperação dos contatos – e potenciais alunos – perdidos. Segundo o CEO da startup, Marcio Pacheco, as ligações perdidas chegam a 19% do total recebido.
A opção pelo rastreamento de chamadas telefônicas se deve ao fato de que este meio está crescendo. As empresas tiveram um aumento anual de 40% no número de chamadas nos últimos cinco anos, segundo relatório do instituto estadunidense Bia/Kelsey.
A mesma fonte também afirma que a possibilidade de “converter” em clientes as pessoas que estão entrando em contato por telefone é 15 vezes maior se comparado com a comunicação pela internet.
“O consumidor está ligando muito mais para as empresas”, resume Marcio Pacheco. Segundo o executivo, esse comportamento ocorre por que o custo da ligação caiu, além do fato de a conversa falada ser mais objetiva.
Ainda sobre o comportamento da sociedade, Pacheco traz algumas informações: há uma tendência de crescimento do uso de comando por voz no mundo e no Brasil. “Hoje, 46% das buscas no Google, nos Estados Unidos, são relacionadas a empresas próximas às pessoas, feitas por voz. E as pessoas optam por ligar”.
Marcio Pacheco tem um background empreendedor e junto com seu xará, Márcio Conceição, que carrega a experiência da tecnologia, fundou em 2015 a PhoneTrack.
Foi ano passado que a PhoneTrack resolveu apostar em todos os âmbitos da educação, incluindo escolas de educação, de ensino superior e de cursos livres. O Unisuam (Centro Universitário Augusto Motta), no Rio de Janeiro, o Centro Universitário UniBrasil, localizado no Paraná, e algumas unidades da Cultura Inglesa já se tornaram clientes.
Para ter acesso às ferramentas da empresa, é cobrado um valor mensal de cerca de R$ 300,00 mensais e por unidade educacional.
Foi por meio de agências que atuam com empresas e instituições educacionais que a PhoneTrack chegou ao mercado da educação. Elas a procuravam para consultoria e monitoramento, por exemplo, de escolas, e foi aí que a equipe notou a demanda pela melhoria da área de marketing educacional.
No ano passado, a startup recebeu R$ 3 milhões da Bzplan, fundo de investimento de Florianópolis, Santa Catarina. O aporte está sendo usado para todas as áreas, da equipe ao desenvolvimento da tecnologia.
“Nosso plano é continuar investindo em inteligência artificial. A gente entende que automação de atendimento é uma das grandes demandas do mercado. Como empresa nós estamos avançando em alguns segmentos e o da educação está incluso. Nosso objetivo é entender o que o mercado precisa — porque ele está carente —, e desenvolver produtos para continuar suprindo a área de marketing e vendas”, explica Pacheco.
Conheça a startup que consegue captar o sentimento dos alunos utilizando inteligência artificial
Reconhecimento facial já é realidade em instituições de ensino superior