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Na era digital, especialistas defendem que as instituições de ensino trabalhem em conjunto

Primeiro encontro da MetaRed Brasil aborda a necessidade da união de instituições de ensino para o fortalecimento da educação

Publicado em 08/10/2019

por Redação Ensino Superior

metared-brasil-1 1º encontro da MetaRed Brasil

As tecnologias estão provocando mudanças sociais profundas, inclusive na forma de ensinar e aprender. Mais do que compreender essas transformações, as instituições precisam caminhar junto e prever o que está por vir.

Atenta a isso e apoiada pela Universia, a MetaRed Brasil chega para ser uma rede colaborativa entre instituições de ensino superior públicas e privadas interessadas em fortalecer e/ou criar projetos voltados às transformações digitais.

IES sintonizadas

No primeiro encontro do grupo, realizado na Universidade Cruzeiro do Sul, o presidente da rede, o professor Hermes Figueiredo, deixou claro que a conexão e a colaboração entre as instituições serão fundamentais para enfrentar todas essas transformações.

era digital MetaRed Brasil
Professor Hermes Figueiredo é o presidente da MetaRed Brasil (foto: Alma de Gato Fotos)

Leia: Stanford aposta em formação de circuito aberto

“Não basta buscar novos conhecimentos. Os nossos, produzidos pelas instituições de ensino, também precisam ser compartilhados e isso só ocorrerá quando ocorrer uma ação colaborativa. Temos que aperfeiçoar a roda, pois ela já foi inventada. Estamos comprometidos com centenas de outras universidades para receber novos conhecimentos, desenvolver e compartilhar”, afirmou o professor, que também é presidente do grupo Cruzeiro do Sul Educacional.

Para o diretor da Universia Brasil, Anderson Pereira, o século XXI exige a solução de desafios de forma colaborativa. Nesse sentido, as instituições não podem se fechar. “Uma universidade aberta consegue entender a dinâmica da sociedade e se integrar a ela”, alertou o diretor.

Preocupação mundial

Não é de hoje que a Europa está de olho na transformação educacional. Estudos mostram que 43% dos europeus têm baixo nível de educação digital e 17% não têm competências digitais, o que os colocam em risco de exclusão no mercado de trabalho.

Com base nesses resultados, a Europa está buscando elevar as competências digitais da população, contou Andreia Inamorato, pesquisadora científica em educação superior na Comissão Europeia. “O mundo já está tecnológico, mas o sistema educativo não. Isso precisa mudar. A educação digital está no topo da agenda, tanto que o plano de educação digital europeu está sendo reformulando”.

Não basta apenas exigir

Para fomentar essa transformação digital, Andreia reforçou a importância de olhar para os professores, oferecendo-lhes oportunidades de capacitação. “A estrutura institucional precisa mudar para valorizar o tempo do professor, colocando a formação continuada, sempre que possível, de maneira renumerada”, defendeu.

A especialista também alertou que a valorização da carreira docente está ligada à produção de pesquisas, mas que o aperfeiçoamento de técnicas pedagógicas também deve receber destaque. “O professor precisa ser mais aberto, mas não é um problema só dele. A mudança também tem que acontecer pelas instituições de ensino gerando caminhos e com o Ministério da Educação auxiliando”, finalizou.

tecnologias educacionais
Andreia Inamorato é também consultora internacional em tecnologias educacionais (foto: Alma de Gato Imagem)

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Autor

Redação Ensino Superior


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