Para aumentar o número de matrículas, a Universidade Presbiteriana Mackenzie não olhou apenas para a captação. Ela também investiu na retenção dos alunos. “Temos de cuidar dos que estão matriculados até o fim do curso”, diz Eliane Martins de Oliveira, coordenadora do departamento de marketing.

Todos que anunciam a intenção de cancelar ou trancar a matrícula são direcionados ao Setor de Permanência de Aluno. Lá, uma equipe traça o perfil do estudante e busca entender os motivos de sua decisão antes de traçar o “plano de resgate”. “Desde que iniciamos essa atenção individualizada, conseguimos reverter entre 10% e 11% dos casos”, revela.

Outra frente é trabalhar com ferramentas de CRM para antever a evasão. O sistema acompanha alguns índices e aponta a probabilidade de um aluno trancar ou cancelar a matrícula. Atraso no pagamento, excesso de faltas ou notas abaixo da média são alguns sinais de alerta.

De acordo com Eliane, a maior parte das desistências tem origem vocacional e se manifesta no primeiro ano. “Frente a isso, montamos uma equipe de psicopedagogos e psicólogos para trabalhar com orientação vocacional”, ou, conforme o caso, “facilitar a mobilidade entre cursos de mesma área.”

“A instituição sempre deve olhar o aluno de forma individual, atender suas necessidades, saber ouvir. Com certeza isso será percebido pelo aluno, que precisa ser amparado e orientado”, declara.

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Autor

Ana Carolina Nunes