Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.
Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site....
Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.
Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.
Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.
NOTÍCIA
No Enem, pontuação nas escolas rurais é inferior à dos estudantes de escolas urbanas
Publicado em 01/04/2015
Ao analisar os resultados do Enem, vê-se uma forte correlação entre a renda dos estudantes e a nota obtida no exame. Nas provas de linguagens, redação, matemática, ciências humanas e ciências da natureza, as dez primeiras instituições ranqueadas pela média dos 30 melhores alunos estão classificadas nos níveis ‘muito alto’ e ‘alto’ na escala do indicador socieconômico. Isso vale para escolas de todos os portes e dependências administrativas.
Mas essa não é a única segmentação visível nas notas do Enem. As instituições com nível socieconômico ‘muito alto’, ‘alto’ e ‘médio alto’ também comportam dois grupos distintos: o das escolas rurais e urbanas, cujos alunos apresentam desempenhos desiguais. Considerando as cinco primeiras colocadas de acordo com a média de seus 30 melhores alunos, nota-se que em linguagens há uma diferença média de 22% na nota, com vantagem para os matriculados na área urbana (veja abaixo). Em redação, esse valor é de 34%, em ciências humanas, 18%; matemática, 37%; e ciências da natureza, 32%. Para uma comparação adequada, foram excluídas as escolas federais, que por contar com recursos e infraestrutura superiores aos das municipais e estaduais, têm usualmente seus resultados analisados separadamente.
O especialista em educação no campo Antonio Munarim avalia que o problema se deve à falta de políticas públicas voltadas para a valorização das escolas rurais. Essa condição, que prejudica as condições de operação dessas instituições, principalmente pela falta de recursos financeiros, impede a retenção de bons professores no campo. “De maneira geral, os educadores associam a migração para o meio urbano como um movimento de ascensão na carreira. A ideia de que o meio rural representa o atraso, e o urbano a civilização ainda não foi superada”, lamenta o professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Além disso, há pouca oferta de formação continuada para aqueles que permanecem. “As escolas do campo não têm prioridade e é isso o que possivelmente explica o desempenho inferior de seus alunos no exame”, analisa.
![]() |