Por Felipe Flausino de Oliveira*

Embora seja um aspecto menor nas discussões sobre transformação educacional, a arquitetura exerce uma grande influência sobre o ensino. Afinal, de nada adianta o professor estimular o trabalho em grupo e o protagonismo do aluno se a configuração da sala induzir o comportamento de sempre: ou seja, que os estudantes não troquem ideias e fiquem voltados exclusivamente para o professor.

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Por isso, quando o Grupo Unis chegou a Pouso Alegre, no Sul de Minas, a intenção era ter um campus que subvertesse essa lógica tradicional e propiciasse a adoção das metodologias ativas de ensino. Como resultado, a unidade não tem salas com carteiras enfileiradas. Os assentos são móveis e os ambientes contam com pufes, arquibancadas, paredes coloridas, grama sintética e outros elementos para deixar os alunos mais à vontade para aprender. O papel dos professores também é diferente: eles são mediadores do conhecimento.

O Grupo Unis também procurou incorporar novas tecnologias de aprendizagem. Uma delas é o Google for Education, uma solução tecnológica que possibilita a professores e alunos postar e acessar conteúdos de qualquer dispositivo. Eles também podem compartilhar agendas e acessar o aplicativo Classroom, que, entre outros benefícios, facilita a comunicação entre a turma.

A base da inovação no ensino e ambiente educacional

Essas inovações têm como base algumas pesquisas de campo, além de anos de estudo. Uma viagem à Finlândia, país referência em inovação educacional, serviu de pontapé para o início desse trabalho, pois mostrou ser possível a adoção de modelo educacional em que o aluno busca seu próprio conhecimento de forma autônoma.

O Grupo Unis ainda compõe há vários anos o STHEM Brasil, um consórcio inédito no país que reúne instituições de diversas regiões dedicadas ao estudo e à multiplicação de estímulos à inovação acadêmica e ao aperfeiçoamento da educação superior.

As inovações no ensino e no ambiente educacional que já implantamos estão sendo muito bem-sucedidas, de acordo com nossos alunos.

“Os resultados denotam o maior engajamento dos envolvidos por causa da sensação de pertencimento e coautoria. A abstenção dos alunos caiu, bem como a necessidade de repetição nas avaliações. Com a mudança de filosofia, o processo educacional se tornou mais inclusivo”, relata o coordenador da unidade, Juarez Monteiro de Rezende.

*Felipe Flausino de Oliveira é chefe de gabinete da reitora do Grupo Unis

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