Nas escolas de ensino médio com bons resultados de aprendizagem, os professores acreditam que mais da metade dos estudantes de suas turmas conseguirá ingressar no ensino superior. Esse é um dos apontamentos do estudo Excelência com equidade no ensino médio, publicado recentemente pelo Iede, Fundação Lemann, Instituto Unibanco e Itaú BBA.

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O documento traz uma relação de boas práticas adotadas em 11 escolas públicas que, apesar de algumas condições desfavoráveis, têm alunos com bom desempenho acadêmico. As altas expectativas dos professores se convertem na prática em uma série de ações voltadas para a preparação para o Enem e vestibulares. São organizados grupos de estudos, aulões abertos, simulados bimestrais e palestras com psicólogos, estudantes universitários ou egressos.

“Nas entradas das escolas, é comum ver murais com fotos de ex-alunos aprovados em diferentes cursos universitários. Algumas redes estabelecem ainda parcerias com universidades públicas e possibilitam a oferta de cursinhos preparatórios gratuitos aos estudantes”, relatam os pesquisadores.

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Esperança na escola pública

Em Pernambuco, gestores e docentes chegam a organizar pontos de apoio próximos às escolas nos dias da prova do Enem. Eles levam kits com lanches, água e bombons para os alunos, e estojos com caneta, lápis e borracha, além de monitorar pelo WhatsApp a chegada dos candidatos aos locais de prova. Foi relatado até o caso de um diretor de escola que se desloca de moto pela cidade buscando alunos que moram longe do local da prova. “A esse conjunto de ações dá-se o nome de ‘A presença que faz diferença’.

A postura de altas expectativas dos docentes e da gestão reverbera entre os estudantes: alunos entrevistados nas diversas escolas expressam em suas falas o desejo de prestar o Enem e de ingressar numa universidade”, informa o material.

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