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Com adiamento do Enem, faculdades reajustam calendário

No Eniac, ano letivo de 2021 começará em abril. Já a FECAP deve manter início em fevereiro e atrair esses estudantes para o segundo semestre

Publicado em 13/07/2020

por Redação Ensino Superior

impactos-adiamento-enem Como Enem adiado, IES focam em seus planejamentos (foto: Agência Brasil)

O Enem adiado para 17 e 24 de janeiro de 2021 impacta diretamente o planejamento das instituições de ensino superior, uma vez que os resultados sairão em 29 de março e o ano eletivo costuma começar em fevereiro ou março.

“Vai ficar bastante tarde. No passado, o resultado vinha em janeiro e quando atrasava um pouco já dava confusão. Diante das incertezas, a gente já preparou um ano letivo que começa em abril de 2021 e vai até janeiro do outro ano. Mas não será fácil, tanto para o mercado do ensino superior privado quanto para o público”, afirma Ruy Guérios, fundador e diretor do Centro Universitário Eniac, localizado em Guarulhos, SP.

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A mudança é compreensível, uma vez que o Exame Nacional vem se tornando a principal porta de entrada para o ensino superior. “Nossas matrículas pelo Enem são quase 40%”, revela o fundador do Eniac.

Enem adiado
Como Enem adiado, IES focam em seus planejamentos (foto: Agência Brasil)

Alternativas

Já na visão de Ronaldo Fróes, pró-reitor de graduação da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), também em SP, em que cerca de 60% das matrículas vêm pelo Enem, adiar o início do semestre não parece viável. “Não temos uma definição, já que a notícia ainda é quente, mas suponho, ainda vamos decidir, que nosso semestre letivo deve ser iniciado em fevereiro mesmo e tentaremos atrair esses alunos que prestarão o Enem em 2021 para o ingresso de inverno. Mas ainda não está definido, a equipe precisa se reunir”.

Ronaldo Fróes salienta que as instituições de ensino não podem esperar até o fim de março e que terão que criar soluções, como captar o público que prestou o Enem nos últimos cinco anos que ainda não ingressaram.

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“Sempre trabalhamos com alternativas. Temos nosso vestibular e um financiamento estudantil próprio, que é o Programa de Bolsas Restituíveis, em que o aluno não paga no começo [há uma possibilidade de pagamento parcial dos valores das mensalidades ao final do curso]. Mas para nós, na FECAP, o Enem é sempre um critério que a gente usa para as bolsas, já que ele é o resultado do aluno. Priorizamos estudantes com melhores resultados no exame junto daqueles com baixo nível socioeconômico”, detalha Ronaldo.

Sobre 2020

Em relação ao segundo semestre deste ano, a FECAP e Eniac estão fazendo vestibular online. “Nosso processo seletivo digital já ocorre há dois anos. De início o pessoal tinha bastante dificuldade, uma vez que 20% da turma fazia digital e 80% presencial. Hoje, antes da pandemia, a realidade se inverteu e mais de 90% optava pelo digital”, revela Ruy Guérios do Eniac.

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Autor

Redação Ensino Superior


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