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89% acreditam que a profissão exige mais preparo do que imaginavam antes da pandemia e 67% avaliam que docentes, agora, são mais respeitados pelos estudantes
Publicado em 15/10/2021
Pesquisa com pais e responsáveis dos estudantes da rede pública, encomendada por Itaú Social, Fundação Lemann e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), mostra que a percepção do trabalho dos professores mudou. O levantamento mostra que as famílias passaram a valorizar mais a profissão, tanto que 89% também acreditam que, para dar aulas, é preciso mais preparo do que imaginavam antes da pandemia.
“Quando as escolas foram fechadas como medida sanitária para conter a disseminação do coronavírus, os professores tiveram um enorme desafio para se adaptarem às aulas remotas. Alguns não tinham familiaridade com a tecnologia ou sequer possuíam equipamentos ou conexão adequada. Mesmo assim, se reinventaram e trouxeram iniciativas de extrema importância para a continuidade do aprendizado das suas turmas”, explica a superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann.
Leia: A reinvenção dos docentes
Mesmo com as aulas remotas, 67% dos responsáveis sentem que os professores são mais respeitados pelos alunos do que antes da pandemia. São eles também a principal ponte entre escola e família. O estudo mostra que 73% das famílias afirmam que o principal apoio no retorno às aulas presenciais vem do contato com os docentes, que estão disponíveis para sanar as dúvidas.
Esta percepção ocorre em todas as regiões do país, com poucas variações: Sul (80%), Centro-Oeste (75%), Nordeste (73%), Sudeste (70%) e Norte (69%). Esta proximidade com os professores ocorre principalmente nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (82%), e cai nos Anos Finais (69%) e Ensino Médio (62%).
“Ao acompanhar mais de perto a educação dos seus filhos por meio da educação remota, os pais entenderam o quanto é importante olhar para dentro da escola e ser mais atuante. Na pesquisa, entendemos que o professor foi fundamental nesta aproximação. Podemos aproveitar mais este legado positivo da pandemia. Isso dependerá do fortalecimento das redes de ensino e escolas, que devem oferecer condições adequadas para o trabalho do professor”, comenta a superintendente.
Estes são os primeiros dados levantados pela sétima onda da pesquisa “Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias”. As entrevistas foram realizadas entre os dias 13 de agosto e 16 de setembro de 2021, com abordagem telefônica, com 1.301 responsáveis que responderam por um total de 1.846 crianças e adolescentes com idades entre 6 e 18 anos da rede pública, em todas as regiões do país.