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Nível de cansaço é maior entre mulheres e estudantes

Soluções encontradas para o ensino durante o isolamento causam fadiga, impactando especialmente mulheres e estudantes, revela pesquisa da Universidade Stanford

Publicado em 28/10/2021

por Redação Ensino Superior

Estudantes mulheres_Fnesp 1 em cada 7 mulheres reportaram fadiga extrema, contra 1 em cada 20 homens na mesma situação (foto: Guilherme Veloso / divulgação Fnesp)

Estudantes mulheres_Fnesp
1 em cada 7 mulheres reportaram fadiga extrema, contra 1 em cada 20 homens na mesma situação (foto: Guilherme Veloso / divulgação Fnesp)

A “fadiga do Zoom” foi o termo dado pela Universidade Stanford para designar o cansaço que tem assolado mulheres e estudantes por conta de reuniões e trabalhos remotos durante a pandemia. O uso das telas para encontros, reuniões e estudos, parecia uma solução para uma possível nova realidade no ensino e trabalhos remotos, mas já começa a representar um peso, revela estudo da Universidade Stanford.

Leia: Instituições impactaram positivamente suas comunidades durante a pandemia

Poderia ser falado de qualquer outra plataforma de acesso remoto, mas nos EUA o Zoom foi teve um aumento de 80% de seu uso durante o isolamento. Quem fala sobre esses dados, é Anna Carolina Muller, fellow na instituição que desenvolveu a pesquisa com estudantes e trabalhadores de todo o mundo.

Ela conta que as possíveis causas do cansaço estão a duração e frequência das reuniões em discordância com pouco tempo de intervalo, além da tentativa de ler a expressão de várias pessoas pela tela ou de ninguém, ou ainda pior: o efeito espelho e a visão de si mesmo, o que afeta principalmente as mulheres, que passaram a se cobrar mais e com isso desenvolver quadros de ansiedade, explica.

Importância do equilíbrio

1 em cada 7 mulheres reportaram fadiga extrema, contra 1 em cada 20 homens na mesma situação, entre 10 mil entrevistados no mundo todo. No Brasil, a pesquisa feita com mais de 700 participantes, mostra que mulheres em nível extremo de cansaço são 20,6% a mais do que homens. Já entre estudantes universitários esse número é de 16,7% a mais, comparado a trabalhadores.

Por causa disso, o estudo também recomenda que seja repensada a necessidade do uso das telas e de reuniões que podem ser resolvidas de outra forma, como o telefone por exemplo, além de incentivar a redução da frequência de videoconferências e intervalos de cinco a 10 minutos durante essas sessões. O Citibank foi a primeira empresa a realizar algo nesse sentido, sendo o primeiro a encorajar pelo menos um dia da semana sem videoconferência, exemplifica Muller.

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Redação Ensino Superior


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