NOTÍCIA
Maioria delas depende de curiosidade e autonomia do próprio aluno em processo de aprendizagem contínuo
Publicado em 08/04/2022
Com a aceleração da transformação digital pela pandemia, ganha força também a exigência por aprendizado ao longo da vida – cenário que tem desafiado as instituições de ensino superior a incrementarem e atualizarem o currículo de seus cursos, sobretudo nas áreas de tecnologia. Esta, por sua vez, também tem grande responsabilidade no desenvolvimento econômico e produtivo do país, começando pela crescente demanda por profissionais especializados, mas isso só não basta.
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Para a professora Luciana Stival Vitek, que leciona as disciplinas de redes de computadores e teoria geral de sistemas no Unifael, algumas capacidades são essenciais e, boa parte delas não depende apenas da qualidade da formação, mas da autonomia do estudante em estar no centro da sua aprendizagem e buscar constante atualização. São elas:
De acordo com a professora, entre as soft e hard skills necessárias estão a persistência, disciplina, organização, saber lidar com momentos de pressão, o conhecimento em toda a parte de hardware, software que envolvem o dia a dia nas empresas, desde um simples PC até um servidor de grande porte instalado localmente nas empresas ou em datacenter hospedado em nuvem.
Nos últimos anos, o centro universitário Unifael vem investindo em cursos livres para alunos já matriculados, em áreas como Microsoft, Google Cloud e AWS, para reforçar as constantes atualizações do setor.
Segundo a professora Cassiana Fagundes da Silva, que leciona o curso de Microsoft na instituição, a maior dificuldade da mulher no mercado de trabalho está relacionada à diferença salarial existente entre homens e mulheres para as mesmas atividades.
Dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, apontam que houve crescimento de 4,5% na quantidade de mulheres em carreiras ligadas à tecnologia da informação de 2017 a 2019. Entretanto, as diferenças nas médias salariais são grandes, chegando a quase R$ 2 mil a menos quando comparadas ao sexo masculino.
Ao todo, o Banco Nacional de Empregos (BNE) identificou mais de 12 mil candidaturas femininas de janeiro a maio de 2021 para vagas de tecnologia, mais de 2 mil candidaturas em comparação ao ano anterior.
Além disso, segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foi apontado o crescimento de 60% da participação feminina no mercado da tecnologia nos últimos cinco anos, passando de 27,9 mil mulheres para 44,5 mil em 2020.
“As mulheres quando se reconhecem neste mercado de TI, atuam na área de programação, desenvolvimento de projetos, gestão e muitas outras”, diz a professora Luciana Vitek sobre as áreas de maior concentração de mulheres no setor. “Também é possível iniciar em uma e depois migrar, levar em paralelo o trabalho diretamente na área e ainda conciliar com uma atividade de docência no ensino superior, cursos extracurriculares, extensão, entre outros”, acrescenta.
Outra possibilidade grande desta área, de acordo com Vitek, é o teletrabalho, que permite que as mulheres, mesmo tendo diversos turnos de trabalho em sua vida pessoal e profissional, consigam atuar sem deixar nenhuma parte descoberta.
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