Revista Ensino Superior | Um divã para as agonias dos professores
Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Bem, cookies para exibir.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Bem, cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Bem, cookies para exibir.

Educação

Colunista

Karina Tomelin

Educadora, psicóloga, pedagoga e mestre em educação

Um divã para as agonias dos professores

Professor agora tem espaço para compartilhar dúvidas. Conheça o quadro "Docência no Divã"

Docência no divã Professores podem enviar relatos e participar das próximas colunas

Por Sandra Seabra Moreira: Uma trajetória no limiar entre ser docente e estudante, nesse espaço em que a conexão nem sempre é plena e obstáculos surgem o tempo todo, fez conceber uma maneira bem original de entender essa relação. Com quase 18 anos, Karina Nones Tomelin tornou-se professora de filosofia no ensino médio. Estudante de psicologia, no Vale do Itajaí faltavam professores e as aulas apareceram como oportunidade de sustento enquanto graduava-se. Na sala de aula, ela era um deles – e não era.

Para que serve a filosofia no ensino médio? Essa foi a pergunta-ponto-de-partida para pensar as aulas. “Vivi na pele essa experiência de você tentar engajar os estudantes para uma experiência de aprendizagem positiva. A partir dessa experiência eu nunca mais saí da sala de aula.” Karina cumpriu a graduação em psicologia e rumou para uma pós em docência. Tornou-se mestre em educação. Aos 25 anos, era professora universitária.

Entre os muitos desafios, Karina conta um no qual muitos professores podem se identificar: ministrar aulas de psicologia do desenvolvimento na faculdade de educação física, nas últimas aulas de uma sexta-feira à noite, com salas inteiras de jovens sedentos para ocupar quadras e movimentar-se. “Eu propunha que eles interpretassem Piaget, Freud. Era preciso ser muito criativo para mantê-los conectados com o conteúdo.”

Quem conhece o Educabox, aplicativo gratuito criado por Karina, que traz drops diários no formato de microlearning com ideias inspiradoras, ou a coletânea impressa desses drops nas duas edições recentes de 100 ideias inspiradoras para as suas aulas, da editora Letramento, já tem ideia da habilidade de Karina em aprofundar temas e abordagens, ao mesmo tempo que as expressa de maneira leve e descontraída. Já era esse o talento que alçou a jovem professora universitária à coordenação de cursos e formação de docentes na universidade.

 

Leia: Competências dos futuros professores devem ser o foco da formação docente

 

Como coordenadora pedagógica, Karina logo identificou que o professor tinha tempo reduzido para sua capacitação. Isso quando não é chamado a assumir novas disciplinas, e se vê na situação de ter de abarcar novos conteúdos em tempo recorde. Na Uniasselvi, por exemplo, instaurou o happy hour com o NUAP – Núcleo de Apoio Psicopedagógico. Eram dez minutos antes das aulas, na sala dos professores, que funcionavam como uma faísca provocadora de insights. “Por exemplo, num dia para discutir a criatividade, eles tinham que customizar o pincel atômico usado na sala de aula.” A princípio, o que vem é o receio: “Será que eles vão topar fazer isso?”. Sim, topavam. Além de microformações com rodas de estudo e discussão de temas. “Eu já atuava com microlearning sem nem saber que ele existia.”

Em grandes e médias instituições de ensino superior, Karina atuou principalmente em duas frentes que se completam: capacitação e apoio aos docentes e apoio aos discentes. Com os estudantes, as questões de inclusão, acessibilidade e dificuldades de aprendizado; com os professores, o desafio de trazê-los para perto dos programas de capacitação, sem imposições. E uma das maneiras de trabalhar a capacitação é, além da escuta do professor, o compartilhamento de boas práticas. Mas não só. Também o compartilhamento de dúvidas, apreensões e reflexões.

Se hoje em dia tanto se fala acerca do protagonismo do aluno, Karina lembra que o professor também é o protagonista de seu próprio aprendizado, mas essa trilha não precisa ser solitária. É, portanto, nesse lugar de escuta e formação que Karina coloca seu divã e aguarda as dúvidas, receios e contradições da vida acadêmica e da atividade docente, estreando sua nova coluna na Ensino Superior, que será publicada mensalmente no site: Docência no Divã.

Confira o primeiro artigo da colunista:

________________________________________________________________

 

Como planejar momentos educacionais que sejam empolgantes?

Gley Fabiano Xavier

Gley Fabiano Xavier é o primeiro educador no divã

 

No divã: Gley Fabiano Xavier, professor na área de Tecnologia e Educação

Iniciei profissionalmente como professor aos 17 anos, lecionando informática para educação básica em uma escola privada em Goiânia-GO. A partir desse momento, também dei aulas de tecnologia em cursos livres e profissionalizantes e, aos 21 anos, iniciei como professor no ensino superior nos cursos de graduação em Administração, Direito e Processamento de Dados. Em paralelo, ocupei outros cargos, seja em instituições educacionais ou não, porém minha principal profissão sempre foi e será a de professor. Na minha jornada em sala de aula são vários os desafios e aprendizados, mas a alegria, com certeza, é participar das conquistas dos meus alunos. Hoje, sou professor de graduação e pós-graduação de cursos das áreas de Tecnologia e Educação, além de cursos livres e oficinas ligadas à Tecnologia Educacional, EAD e Gestão Educacional.

Atualmente, vivemos em uma sociedade imediatista e ansiosa por respostas rápidas, simples e “prontas”. Como atuo, geralmente, em disciplinas que envolvem lógica, meu desafio constante ao elaborar um programa de aulas de uma disciplina ou curso de tecnologia e/ou gestão é: como planejar momentos educacionais que sejam empolgantes e, ao mesmo tempo, estimulem o raciocínio e a reflexão como prática de melhoria incremental? Qual a melhor maneira de mostrar que não existe solução de problema que não seja encontrada por meio de estudo, prática e análise? Como compreender que mesmo que a solução tenha como base a solução de outros, é necessário saber, entender e analisar o contexto e o problema para fazer esta adequação?

Minha frase: aprender nasce de uma necessidade. Ensinar nasce de uma vontade.

 

O verdadeiro sentido de aprender algo

 

Karina responde: Olá, Gley! Puxa, que legal sua jornada como professor. Concordo sobre o desafio de desenvolver competências complexas nos estudantes quando vivemos em um mundo acelerado e imediatista. Qual é o verdadeiro sentido de aprender algo e como significar este aprendizado para os estudantes? Seu desafio me fez lembrar de dois autores de que gosto muito: o primeiro é John Hattie, que trata sobre o conceito de aprendizagem visível, e a segunda é Julie Stern, que trabalha um conceito chamado Learning That Transfers (LTT), ou aprendizagem que transfere.

Para John Hattie, os professores estão entre as influências mais poderosas na aprendizagem e uma das formas de tornar a aprendizagem visível aos estudantes é estabelecer critérios de sucesso claros. Um exemplo é compartilhar os objetivos de aprendizagem de sua aula com seus alunos, mas, além disso, certificar-se de que eles compreenderam profundamente o que é esperado e como o sucesso da aprendizagem se relaciona com o planejamento das suas aulas, as atividades propostas e as competências adquiridas.

 

Leia: Os pensadores que fazem a cabeça dos futuros professores

 

Já Julie Stern estruturou uma metodologia que ajuda os estudantes a compreender os conceitos, transferindo-os para situações reais. O primeiro passo seria promover a curiosidade com situações reais às quais este conceito está relacionado, para só depois disto introduzir os conceitos que se quer trabalhar. Ao provocar o estudante com perguntas sobre a realidade, será mais fácil estimulá-lo a estudar as teorias que as fundamentam.

Vou deixar como sugestão este livro: Aprendizagem visível para professores – Como maximizar o impacto da aprendizagem, de John Hattie. Nele, há vários exemplos e ferramentas que podem te ajudar a tornar o aprendizado visível. Outra dica é pesquisar sobre a Julie Stern e o Learning That Transfers (LTT); há vídeos em que ela conta sobre o método e como aplicar em sala de aula.

Esse foi o Gley no Divã, o próximo pode ser você! Envie seu relato para mim e participe das próximas colunas.

Karina Nones Tomelin – Educadora, psicóloga, pedagoga, mestre em Educação.

Por: Karina Tomelin | 13/04/2023


Leia mais

Adolescência

Adolescentes sobrevivem com algoritmos e ausência de diálogo

+ Mais Informações
Liderança

O novo manual de sobrevivência universitária

+ Mais Informações
Educação contínua

Educação superior para a vida toda

+ Mais Informações
Ciência das emoções

Influência da ciência das emoções na educação

+ Mais Informações

Mapa do Site

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.