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Tecnologia

Mapa do Ensino Superior traz balanço da área de TI

Resposta para os altos índices de evasão nas áreas de TI pode estar relacionada à alta empregabilidade

Publicado em 20/06/2023

por Ensino Superior

Área de TI Inserção no mercado é apontada como a principal razão para a escolha da área de TI (Foto: Pexels)

O já tradicional Mapa do Ensino Superior, preparado anualmente pelo Instituto Semesp, foi lançado nesta terça-feira, 20 de junho. A 13ª edição da robusta pesquisa traz um capítulo especial com informações e análises sobre os cursos de Tecnologia da Informação (TI), área requisitada pelo público jovem. Para a elaboração, a equipe do Instituto Semesp usou dados do Censo da Educação, referentes a 2021, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em novembro de 2022, e outras fontes como IBGE, microdados do ENEM e do PROUNI, CAGED, RAIS, Big Data Analytics, entre outros.

O Mapa chama a atenção para o número de matrículas registradas em cada modalidade. Na rede privada, o maior número de matrículas se concentra em cursos técnicos ofertados a distância, um total de 187.720 matrículas. A pesquisa destaca ainda que, nos últimos 10 anos, a taxa de evasão dos cursos presenciais de TI tem sido constantemente maior do que a de outras áreas.

 

Mapa do Ensino Superior

 

A resposta para os altos índices de evasão pode estar no mercado de trabalho. Segundo projeção, apenas 21,2% dos estudantes dos cursos de TI não trabalham. A alta empregabilidade do setor tende a facilitar, mesmo que sem a conquista do diploma, o encontro de um emprego por parte dos estudantes. A inserção no mercado de trabalho é,  inclusive, apontada como a principal razão para a escolha da área.

 

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De olho na oferta

 

O levantamento indica que, entre 2020 e 2021, houve uma queda de 1,4% no número de instituições que ofertam cursos na área. Das 2.574 IES brasileiras, apenas 922 oferecem cursos de TI. As instituições privadas representam 76,5% do total. Abaixo, destacamos alguns dados apresentados nas mais de 200 páginas da publicação.

 

Faculdades X Universidades

 

81% das IES privadas são classificadas como faculdades, ou seja, são instituições com enfoque em formações específicas de uma área. Apenas 4,0% das IES da rede privada são consideradas universidades, com um portfólio mais abrangente de cursos.

 

A ascensão dos polos de EAD

 

De 2018 a 2023, o número de polos EAD saltou 202% (223% na rede privada e 70% na pública), passando de 15,4 mil polos para 46,6 mil. Apenas no último ano, o crescimento chegou a 46,6%: 48,3% na privada e 29,4% na pública.

 

Crescimento de matrículas nas IES privadas

 

Depois de um crescimento irrisório de apenas 0,9% das matrículas de 2019 para 2020, 2021 voltou a apresentar um aumento significante, ainda que pequeno, de 3,5%. Mais uma vez, a rede pública teve déficit de mais de 6,0% nas matrículas, enquanto a rede privada teve crescimento de 2,7% no total de alunos. A rede privada segue concentrando as matrículas do ensino superior, 76,9% do número de estudantes.

 

Negócios, Administração e Direito em alta

 

A área de “Negócios, Administração e Direito” continua sendo a que atrai a maior quantidade de estudantes no ensino superior, com 2,6 milhões de alunos matriculados em seus cursos. A área também é campeã de alunos em IES privadas, 88,8% dos estudantes matriculados em seus cursos pagam mensalidades.

 

Mulheres no topo

 

As mulheres dominam as matrículas no ensino superior, ocupando 58,4% das vagas, 5,24 milhões de alunas. 79,4% delas estão matriculadas em IES privadas, contra 73,4% de estudantes homens concentrados em instituições da rede.

 

Presencial em queda contínua

Depois de um tombo de 9,4% das matrículas em 2020, os cursos presenciais perderam mais 5,5% de matrículas em 2021, mantendo a tendência de diminuição registrada nos últimos anos.

 

A febre do EAD desacelera

 

Depois de um salto de 26,8% das matrículas em 2020, o crescimento das matrículas dos cursos EAD teve uma desaceleração em 2021, com um aumento de 19,7% no período, 7,1 pontos percentuais a menos. 

 

Leia mais sobre o levantamento: mapa do ensino superior

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