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Pesquisa joga luz sobre a saúde mental LGBTI+

Jaqueline Gomes de Jesus fala sobre a importância da coleta de informações acerca das minorias sexuais e de gênero

Publicado em 27/09/2023

Discussões acerca dos direitos da população LGBTI+ devem ser cada vez mais frequentes para garantir políticas efetivas em prol da comunidade. Para tanto, o investimento em estudos e pesquisas se torna fundamental para a difusão de um conhecimento mais aprofundado nas questões vivenciadas por ela. Com um olhar voltado à saúde pública, a psicóloga, pesquisadora e professora da IFRJ e da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fiocruz Jaqueline Gomes de Jesus atua de forma ativa em projetos focados nessa população. Convidada do segundo Prosas, no Podcast Gestão do Ensino Superior, Jaqueline fala sobre a SMILE – pesquisa internacional que trata da saúde mental e bem-estar de pessoas que se identificam como minorias sexuais ou de gênero – e o Congresso Internacional de Diversidade Sexual Etnicorracial e de Gênero (CINABETH), que acontece em novembro.

Atualmente em sua segunda etapa, a Pesquisa SMILE acontece no Brasil, Quênia e Vietnã. Coordenadora do estudo em território nacional, Jaqueline destaca a importância da coleta de dados a respeito da população LGBTI+. “Os dados que temos de saúde mental LGBTI+ vem, historicamente, de outros estudos. Em função da epidemia do HIV/Aids, foi muito comum que dados sobre saúde LGBT viessem dessa área, o que gerou certo estigma como se tudo relacionado à saúde dessa população se resumisse à saúde sexual”, comenta. Além de poucas pesquisas sobre saúde mental, um outro ponto de atenção enfatiza a relevância do estudo: “Geralmente os dados são de países de alta renda. Então nós temos poucas informações constituídas cientificamente com relação à população”, diz a pesquisadora.

As informações necessárias para participação na pesquisa podem ser encontradas no site da SMILE. Acesse.

CINABETH

Promovido pela Associação Brasileira de Estudos da Trans-Homocultura (ABETH), o CINABETH chega a sua 11³ edição em novembro. Voltado a pesquisadores e outras pessoas que se manifestam no campo da diversidade sexual e de gênero, o congresso acontecerá no campus da Universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ).

O período para submissão de trabalhos foi encerrado, mas os interessados ainda podem se inscrever para acompanhar o congresso como ouvintes. O cadastro pode ser feito no site.