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Setor privado quer romper isolacionismo

Encontro visa garantir que a voz do setor privado seja ouvida em conferência da Unesco

Publicado em 28/02/2024

por Ensino Superior

Setor privado na CRES+5 Fábio Reis, diretor de redes do Semesp: "Se a CRES+5 quer abordar políticas públicas, os dois setores devem estar envolvidos" (foto: Freepik)

A educação superior brasileira tem a predominância de instituições particulares, responsáveis por acolher quase 80% dos universitários. Todavia, frequentemente o setor é alijado das discussões das políticas públicas, que acabam impactando todas as instituições. E os governos deixam de contar com a experiência dos gestores educacionais brasileiros. Foi daí que surgiu a ideia de garantir que a voz do setor privado seja ouvida na próxima Conferência Regional do Ensino Superior da América Latina e Caribe (CRES+5), a ser realizada de 13 a 15 de março, em Brasília. O Semesp promoverá, em parceria com a Realcup, o encontro CRES+5 na perspectiva da Realcup e dos agentes públicos. Aberto para representantes do setor privado interessados em participar das discussões, o evento será realizado no dia 12 de março, no Centro Universitário UDF, em Brasília. 

Desenvolvida pela IESALC-Unesco, a CRES+5 visa promover o debate sobre políticas públicas e elaborar sugestões de políticas educacionais que impactem nas decisões do governo. A conferência, no entanto, tem deixado de lado as políticas voltadas para o setor privado. Em sua passagem pela Argentina, em 2018, foram as universidades públicas que predominaram a discussão. É o que indica Fábio Reis, diretor de inovação e redes do Semesp. “Havia uma predominância do setor público. É importante que essa participação ocorra, mas o setor privado representa em torno de 50% de matrículas da América Latina e não teve muita participação nas mesas de debate”, pontua. 

 

Leia: Preço e qualidade do EAD continuam na pauta do setor

 

“Ao que tudo indica, o setor privado continuará sem um lugar relevante nessa nova edição e isso deve ser questionado. No Brasil e no Chile, ele representa 75% das matrículas. E na América Latina como um todo, está em expansão. É uma área que precisa participar dos debates e os órgãos que organizam a CRES+5, tanto a Unesco quanto o governo brasileiro precisam entender isso”, acrescenta.

Em função da falta de espaço para ajudar no debate nacional, o Semesp promove o encontro que antecede a conferência com dois objetivos: explicar a CRES+5 e os temas debatidos para as IES brasileiras; falar sobre o posicionamento da entidade durante os debates. “Se a CRES+5 quer abordar políticas públicas, os dois setores devem estar envolvidos”, ressalta Reis. Além dos associados do Semesp, outros participantes da conferência que se interessarem também podem participar do encontro.

 

Temas da conferência

A CRES-5 contará com 12 eixos de discussão, elaborados pela Unesco ao lado do Ministério da Educação. Entre eles a formação docente, o impacto da covid-19 na educação superior, diversidade e internacionalização. “Um dos eixos é sobre inclusão e nós temos que participar, pois colaboramos com as matrículas e com a inclusão de alunos no ensino superior. São pautas de políticas públicas que nos interessam, do financiamento à organização do sistema”, justitica o diretor de inovação e redes.

Para saber mais sobre os temas que estarão presentes na conferência e ter acesso aos documentos base, acesse. As inscrições para participar do encontro promovido pelo Semesp podem ser feitas no site da entidade.

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Ensino Superior


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