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Edtechs estão redesenhando as regras do jogo
Existem estilos de gestão que flertam com o colapso institucional, seja pela pressa sem direção, seja pela cautela que disfarça inércia. Enquanto algumas lideranças seguem patinando entre esses dois extremos, edtechs e uma pequena minoria de IES já estão moldando profissionais de altíssimo desempenho, forjados por modelos pedagógicos hiperpersonalizados. E quando o mercado começar a absorver esses talentos, o contraste ficará impossível de ignorar.
Vai ser como colocar, lado a lado, um Del Rey tentando se manter na pista e um Tesla, autônomo, veloz e atualizado por software. E sejamos sinceros: se você for minimamente crítico, concordará que fui generoso citando o Del Rey e não um Fiat 147.
A revolução não está a caminho. Ela já chegou trazendo big data, personalização granular do ensino e estratégias de marketing que operam de forma autônoma.
Enquanto você lê estas palavras, edtechs estão redesenhando as regras do jogo. A questão não é se isso vai acontecer. É quando.
Nesse novo cenário, quatro pilares separam os protagonistas dos espectadores. Ignorá-los é uma aposta silenciosa na própria irrelevância.
Agentes autônomos de inteligência artificial (IA) não são ferramentas. São exércitos silenciosos capazes de revolucionar operações, escalar personalização e gerar diferenciação.
Eles reduzem custos drasticamente, ampliam a produtividade em múltiplas frentes e agregam valor institucional em níveis nunca antes vistos no setor.
Inovação estratégica não é cosmética, é compromisso com o futuro. Significa tomar decisões com base em dados, testar novos modelos de negócio e disruptar seus cursos antes da concorrência.
Quais metas concretas sua IES definiu para ampliar a adoção da IA em áreas acadêmicas e administrativas?
O marketing universitário evoluiu em quatro fases, onde a primeira foi a negação, quando falar em marketing era pecado . A segunda foi a transição do analógico para o digital, onde métricas substituíram o “achismo”. Na terceira, a automação transformou intuição em dados. A quarta é a era das martechs, onde exércitos de agentes autônomos de IA estão se tornando o marketing.
Não há mais espaço para diretorias de marketing que costumam usar a sopa de letrinhas (CPC, CTR, CAC, LTV) como bengala para não falar de conversão ou para consultores que falam mais de IA do que implementam.
O mercado já troca CMOs tradicionais por CTMOs (Chief Technology & Marketing Officers), especialistas que fundem código, dados e psicologia do consumo para transformar intenção em matrícula em segundos.
Marketing sem tecnologia hoje não é apenas defasado, é irrelevante. Enquanto você lê este texto, os sistemas redesenham regras de captação e retenção.
Se sua equipe ainda debate “tom de voz da marca” em vez de implementar algoritmos que convertam, está repetindo o erro de quem subestimou a internet ou o computador pessoal nos anos 90.
Pela primeira vez na história da humanidade, a hiperpersonalização do ensino deixou de ser uma utopia. Ela já é possível, acessível, escalável e viável. O que falta? Um mínimo de visão dos gestores que ainda não entenderam o que têm em mãos com os agentes autônomos de IA.
Currículos genéricos, avaliações irrelevantes e trilhas padronizadas são o retrato da ineficiência acadêmica. A IA veio para demolir esse modelo e construir algo mais justo, eficaz e inteligente.
Com algoritmos bem treinados, é possível entregar jornadas de aprendizagem altamente personalizadas, adaptadas ao ritmo, perfil e objetivos de cada estudante. E tudo isso pode (e deve) ser acompanhado por dashboards de performance em tempo real, que antecipam problemas e medem aprendizagem com precisão.
Ter os melhores sistemas de ERP e dashboards de BI é como comprar um avião de última geração sem pilotos qualificados: inútil e caro. A IA automatiza processos, integra KPIs e gera insights, mas nenhum algoritmo corrige lideranças que confundem controle com gestão, medo com produtividade, ou reuniões infinitas com resultados.
Dois perfis lideram ao fracasso: os “controladores”, que asfixiam a inovação com microgerenciamento obsessivo, e os “conciliadores”, que trocam resultados por aceitação, transformando equipes em reféns da mediocridade.
A solução está em líderes que fundem visão estratégica a exigência ética: CEOs que atraem e retêm talentos com projetos reais, não com meros devaneios desconectados da realidade.
Quanto tempo você acha que uma edtech ou quem sabe até uma IES vai levar para expor o modelo pedagógico da sua instituição, usando algoritmos de personalização granular, predição e entrega individualizada de conteúdo?
Você já parou para pensar no tipo de profissional que será formado a partir desses modelos preditivos hiperpersonalizados? Quanto tempo até o mercado começar uma seleção natural de profissionais formados nesse modelo?
Quanto tempo até a concorrência colocar um outdoor na frente da sua IES, estampando seus índices de trabalhabilidade?
Por: Daniel Sperb | 02/04/2025