Os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2023 foram divulgados na tarde desta sexta-feira, 11 de abril. Entre os principais destaques, a confirmação de que as políticas públicas de permanência estudantil auxiliam os discentes na obtenção de um melhor desempenho acadêmico.

Com 40 questões e dividido em duas fases, o Enade 2023 foi aplicado em todos os estados do Brasil. O levantamento considerou 28 áreas entre bacharelados na área das engenharias, arquitetura e urbanismo, bacharelados na área da saúde e cursos superiores de tecnologia. Veja alguns destaques:

Engenharias, arquitetura e urbanismo

Os bacharelados em engenharias, arquitetura e urbanismo, que abrangem 12 cursos, tiveram média nacional de 56,94 pontos. Entre os cursos com maior média de pontuação estão arquitetura e urbanismo (56,94), engenharia ambiental (55,22) e agronomia (50,48). 

Saúde e bem-estar

A média nacional dos 10 cursos correspondentes ao setor de saúde e bem-estar foi de 53,67 pontos. Os cursos que obtiveram melhor desempenho foram medicina (com expressivos 65 pontos), fisioterapia (53,67) e zootecnia (51,76).

Tecnológicos

Os seis cursos superiores de tecnologia avaliados alcançaram a média nacional de 52,62 pontos – número que também corresponde à média do curso de segurança do trabalho. Na sequência, as áreas com maior pontuação foram agronegócio (48,08) e gestão ambiental (44,67). 

Dados a favor das políticas de permanência

Ulysses Tavares Teixeira, diretor de avaliação do Inep, foi o responsável pela apresentação dos resultados. Teixeira conta que um cruzamento de dados feito de maneira diferente das divulgações anteriores possibilitou o entendimento de que as políticas de auxílio permanência levam a melhores resultados nas provas. “Os estudantes que recebem algum tipo de auxílio, seja moradia, alimentação, permanência ou algum outro, em quase todos os casos, têm notas médias mais altas do que os estudantes que não recebem. Em medicina, por exemplo, os estudantes que receberam auxílio tiveram média de 67,7 pontos, enquanto os que não receberam marcaram 64,7. Isso mostra a importância dessas políticas de assistência estudantil também no desempenho”, destaca.

Perspectivas para os anos seguintes

Com a retificação da portaria nº 840 em 2024 – que redefiniu o ciclo avaliativo do exame, o Inep dará início ao ano 1 do novo ciclo em 2025. Com isso, passam a ser avaliados os cursos de licenciatura, artes e humanidades, ciências sociais, jornalismo e informação, negócios, administração e direito.

A expectativa, segundo Ulysses, é a de que 34 Enades sejam aplicados em 2025, sendo 17 provas para as licenciaturas, 9 para bacharelados e 8 para cursos superiores de tecnologia, o que deve envolver 1700 instituições de ensino superior e 795 mil concluintes. “Trata-se do maior Enade que já aplicamos, com o maior número de participantes, um grande volume de provas e em um formato já aprimorado”, ressalta.

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Ensino Superior