Por Antonio Esteca*

A avaliação da qualidade dos cursos de graduação e os processos de acreditação estão no centro das discussões sobre o futuro do ensino superior no Brasil e no mundo. O tema foi destaque no Seminário Internacional da RIACES, realizado nos dias 3 e 4 de setembro, no Rio de Janeiro.

Desafios atuais

O Brasil vive um cenário de grande expansão de vagas, mas enfrenta sérios obstáculos para garantir a permanência dos estudantes. As taxas de evasão ultrapassam 60% nos cursos a distância e 50% nos presenciais. Reverter esse quadro exige que políticas públicas avancem para além da regulação formal, tornando-se instrumentos efetivos de promoção de uma educação significativa e de suporte real ao aluno.

Os processos avaliativos no Brasil

Em resposta a esses desafios, o Ministério da Educação (MEC) implementa um novo marco regulatório, com instrumentos de avaliação revisados, mudanças no ENADE e maior atenção à permanência e empregabilidade. A meta é consolidar um sistema de qualidade mais justo, transparente e capaz de acompanhar a diversidade do ensino superior brasileiro.

A temática da acreditação pelo mundo

Em âmbito internacional, cresce a busca por selos de qualidade que atestem, nacional e globalmente, a excelência de cursos superiores. Contudo, persistem dificuldades como limitações regulatórias, barreiras tecnológicas, desafios pedagógicos, entraves de reconhecimento externo e frágil conexão com sistemas oficiais de garantia da qualidade.

Novidades apresentadas no Seminário Internacional RIACES 2025

Nesse cenário de grande movimentação, o evento no Rio de Janeiro trouxe um panorama geral dos programas de acreditação em desenvolvimento pelo mundo, os quais ainda precisam superar desafios para consolidação. No tocante à avaliação em âmbito nacional, representantes do INEP presentes no encontro apresentaram importantes avanços da nova política da educação superior do Brasil, como a ressignificação da Comissão Própria de Avaliação, a criação do CNDE (um colegiado entre os diferentes NDE das IES), o calendário trienal de avaliação externa e as próximas etapas para a validação dos novos instrumentos de avaliação in loco.

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*Antonio Esteca é CEO na Faculdade Metropolitana e avaliador do INEP/MEC.

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Ensino Superior