Focado em conversas por áudio, é um espaço virtual de troca de conhecimento — ótimo para networking, aponta neste artigo, o coordenador de curso universitário, Allan Pscheidt
Foto: Josh Rose/UnsplashPor Allan Pscheidt*: O Clubhouse é a nova rede social do momento, que rapidamente tem se tornado popular no Brasil. Por enquanto é possível entrar apenas após receber um convite e é exclusivo para usuários do sistema iOS. A rede se popularizou pela divulgação da participação de Elon Musk e Mark Zuckerberg, em reuniões.
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O clubhouse é focado exclusivamente em conversas por áudio, sem interface de chat por texto ou mensagens privadas. Pela praticidade, tem atraído a atenção de educadores, do ensino básico ao superior, gestores, executivos e investidores focados em educação tradicional ou mesmo nas startups.
São conversas que acontecem a qualquer momento do dia ou da noite, em salas abertas no momento ou previamente dentro do calendário do aplicativo.
Para entender o Clubhouse é necessário pensar em um evento de auditório combinado com o momento do coffee break, em que conversamos e conhecemos os participantes; ou ainda com uma sala de aula e um podcast ao vivo.
Essa salada mista é maravilhosa e instiga a forma como nos relacionamos com as redes sociais mais tradicionais já conhecidas. É um espaço democrático em que qualquer pessoa pode abrir uma sala, entrar em uma das existentes e participar. Para falar, caso entre numa sala como ouvinte, basta levantar a mão e aguardar a sua vez.
Além das discussões relevantes, que muitas vezes reúnem nomes conhecidos entre educadores, influencers e executivos do mundo dos negócios em educação, a rede possui um potencial enorme de networking.
Desde o seu ingresso, que ocorre apenas por convites, até a sua participação nas salas, o usuário tem a chance de conhecer pessoas, debater assuntos de interesse ou apenas entrar e ouvir, quietinho, aprendendo algo novo ou confirmando algum insight que já teve na vida e nunca tinha pensado em externalizar esse pensamento.
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Para a educação, a rede trouxe oportunidades de conversas variadas. Há salas de docentes empreendedores em que a discussão gira em torno de dicas para cursos online e livros. Com ela, professores conhecidos apenas por seus estudantes conversam sobre um tópico interessante com docentes influenciadores ou mesmo reitores e executivos do ensino público e privado.
Em outra sala, por exemplo, com foco em marketing, a conversa tem o objetivo de abordar a necessidade dos professores se projetarem nas redes sociais como educadores, compartilhando informações para a sociedade e estabelecendo um vínculo entre a informação de qualidade, transmitida por um especialista da área, com a projeção profissional de representar a si mesmo e seu local de trabalho.
Outros temas interessantes discutidos em outra das salas existentes no Clubhouse foram storrytelling, gamificação, design thinking e aprendizagem baseada em projetos, com dicas e ferramentas de aplicação para entusiastas dessas metodologias.
Certamente, o Clubhouse chama a atenção e é um ótimo momento para que educadores e interessados em educação se encontrem. Esse networking possibilita a troca de ideias, início de projetos e também a compreensão do movimento no Brasil, com as novas diretrizes curriculares no ensino.
Allan Pscheidt é coordenador do curso de graduação em ciências biológicas – bacharelado e licenciatura, também professor doutor e supervisor de estágio no Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).
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Por: | 01/03/2021