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Ser estratégico é repensar a tecnologia como motor do ensino superior

O especialista Fabio Cespi alerta que as instituições de ensino devem enxergar a área tecnológica de maneira global, para isso, repensando sua organização

Publicado em 26/09/2020

por Redação Ensino Superior

fabio-cespi-tecnologia-ensino-superior Fabio Cespi foi curador de seminário voltado à tecnologia no ensino superior

A defesa e alerta de que a tecnologia deve ser um fator estratégico dentro das instituições de ensino superior é o objetivo do Seminário de Tecnologia Educacional, organizado pelo Semesp. A 12ª edição, por conta da pandemia, foi online e contou com a curadoria do diretor do Lyceum Educacional, Fabio Cespi. “A intenção é que a tecnologia deixe de ser conduzida por áreas, departamentos, e passe a entrar na organização como um todo, se tornando protagonista”, defende o engenheiro.

Assista: O que falta no processo de transformação tecnológica do ensino superior?

Vale lembrar que essa proposta enxerga o potencial tecnológico como um todo e vai muito além de oferecer ferramentas pedagógicas de ponta. É compreender que os recursos hoje existentes apoiam desde a captação, retenção do aluno, até mesmo a um aperfeiçoamento personalizado de experiência e aprendizagem do aluno.

A saber, de julho a agosto, o Instituto Semesp em parceria com o Lyceum Educacional, realizaram uma pesquisa com 98 IES, maioria privada. Os dados apresentam que apenas 12% tem a tecnologia como motor principal.

tecnologia ensino superior
Fabio Cespi foi curador de seminário voltado à tecnologia no ensino superior

Permanência

Fabio, que é diretor do Lyceum e já participou e conduziu inúmeros projetos de tecnologias e sistemas de informação, inclusive em instituições de ensino referências no país, complementa que o objetivo do seminário é sensibilizar que esse caminho deve ser seguido principalmente pensando na sobrevivência da instituição, afinal, o mundo está cada vez mais competitivo e passando por transformações de maneira muito mais rápida. Com isso, o setor precisa se adaptar às novas realidades.

Leia: Conheça a startup que consegue captar o sentimento dos alunos utilizando inteligência artificial

“A organização de muitas instituições de ensino superior precisa ser repensada.

Por exemplo, antigamente você tinha um departamento de tecnologia que recebia os pedidos das áreas e ia desenvolvendo. Mas hoje você tem tantas soluções que o pensar na solução já tem que incluir um profissional de tecnologia para resolver o problema. O que temos visto é algumas empresas quase extinguindo o departamento de tecnologia e o que você tem são profissionais de tecnologia em todos os setores. Ou seja, você tem profissionais de tecnologia no marketing, RH, financeiro, pedagógico e etc. As chamadas organizações data driven”, explica o diretor.

O que Fabio busca alertar é que esses profissionais, como os de tecnologia da informação, hoje estão cada vez mais espalhados por áreas que, inclusive, se conectam, e não são mais segmentados.

Aperfeiçoamentos

Indagado sobre a situação das IES brasileiras em relação ao resto do mundo, o especialista acredita que as instituições do país estejam se aprimorando das tecnologias de forma rápida. Por exemplo, a inteligência artificial já faz parte da realidade do setor. Fabio disse que o evento enfatizou que o chatbot para automatizar o atendimento com o aluno e mesmo ferramentas para captar e reter o aluno já  fazem parte do dia a dia de muita faculdade e universidade.

 “O que agora está sendo desenvolvido pelas empresas e instituições são mecanismos mais sofisticados que medem por exemplo, como o aluno está no outro lado. Que mensura em uma avaliação como ele se comporta, se ele realmente fez e até o sentimento desse estudante, se está atento ou desatento”, revela.

Segundo Fabio Cespi, são tecnologias que estão se popularizando, se tornando cada vez mais acessíveis. Antigamente, tecnologia de IA [inteligência artificial] era caríssima. Agora é possível rodar algoritmos sofisticados sobre uma base grande de informações com custo baixo. Porém apesar do emprego de tecnologia estar cada vez mais crescente, no seminário os relatos mostraram que ainda existe um papel do professor, a emoção.Transmissão do conhecimento, tutoria humana. Muito embora a tecnologia implantada massivamente vai trazer experiência para o aluno, o professor ainda tem papel muito importante e não será substituído tão cedo – se é que será possível essa substituição”, finaliza.

O 12º Seminário de Tecnologia Educacional aconteceu em 23 e 24 de setembro e contou com seis painéis.

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Autor

Redação Ensino Superior


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