Notícias

Modelo colaborativo

Desenvolvido em Harvard, modelo de aprendizagem entre pares é adotado no Unisal desde 2012

Publicado em 24/04/2017

por Redação Ensino Superior

colaborativo

colaborativo

Principal objetivo da metodologia Peer Instruction ou Instrução entre Pares: tirar o foco da mera transferência de informação professor-aluno e estimular o estudante a buscar informações primárias em suas leituras e, em seguida, participar de discussões com os colegas, em sala de aula.

Assim sendo, ele deve se preparar previamente para a aula, por meio de atividades propostas pelo docente, de maneira a trazer para a classe questionamentos e reflexões pessoais. Embora o tempo de aula seja de 100 minutos, em média, o debate sobre o conteúdo trabalhado não se esgota aí. Nos encontros seguintes, as inter-relações entre conceitos, as atividades e os projetos continuam.

Desenvolvido pelo professor Eric Mazur, do departamento de Física da Universidade Harvard, nos anos 1990, esse método de ensino interativo é aplicado no Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal) desde 2012, reporta Ana Valéria Sampaio de Almeida Reis, pesquisadora do LIA, o Laboratório de Inovação Acadêmica.

Depois de muito pesquisar e se informar sobre a metodologia, o Unisal partiu para as adaptações e experimentações necessárias. “Entre os desafios, destacam-se as condições físicas para a utilização da Peer Instruction: a infraestrutura da sala de aula (com carteiras apropriadas, por exemplo) e as condições para o entendimento e aplicabilidade dos conceitos, ou seja, leituras prévias, discussões entre os alunos e o compromisso com a fase de pré-aula”, enumera Ana Valéria. Outros pontos que merecem atenção são a dedicação do professor no preparo das aulas e a adequação do formato da aula aos recursos tecnológicos disponíveis.

Para ela, todo esse esforço vale a pena. “A interação entre os estudantes quebra a monotonia da aula e o feedback constante entre o professor e a classe acaba com o anonimato do aluno. Ao proporcionar oportunidades para que ele discuta os conceitos em sala de aula, a PI permite que aprenda com os seus pares.”

Explorar a interação entre os estudantes durante as aulas expositivas e focar a atenção deles nos conceitos que servem de fundamento nas atividades desenvolvidas em sala é, de fato, o grande diferencial da PI. “O objetivo é levá-los a abordar aspectos difíceis do material que estão estudando. “Mas, para que esse método seja realmente eficaz, eles precisam chegar à aula com alguns conceitos básicos do material já compreendidos”, sustenta Ana Valéria, explicando que na PI a aula expositiva é menos detalhada e menos rígida que a aula tradicional, pois os alunos já fizeram tarefas prévias e responderam às questões.

Leia também: 

Saturação no modelo tradicional de aula leva instituições a adotar metodologias ativas de ensino para motivar os estudantes e tornar o processo de ensino e aprendizagem mais significativo

Universidades europeias se juntam para disseminar métodos inovadores de ensino e criar políticas públicas mais fortes no continente

No curso de design da ESPM, estudantes têm aulas com a metodologia Aprendizagem Baseada em Projetos

Há dez anos, curso de medicina da PUC adota a Aprendizagem Baseada em Problemas para estimular uma maior participação dos alunos

Faculdade Una Bom Despacho foi uma das primeiras instituições brasileiras a construir uma Sala de Aula Invertida

Autor

Redação Ensino Superior


Leia Notícias

pexels-thisisengineering-3861969

Inteligência artificial pede mão na massa

+ Mais Informações
pexels-george-milton-6953876

Mackenzie cria estratégia para comunicar a ciência

+ Mais Informações
Doc Araribá Unisagrado

Projeto do Unisagrado na Ti Araribá faz 26 anos e ganha documentário

+ Mais Informações
pexels-andrea-piacquadio-3808060

Mais de 100 IES foram certificadas com selo de incentivo à Iniciação...

+ Mais Informações

Mapa do Site