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Gestão

Durante o isolamento, PUC-PR dá apoio psicológico a seus colaboradores

Atendimento por videoconferência, entretenimento, garantia de emprego e uma logística ensaiada há algum tempo colocam a instituição numa situação de muita confiança

Publicado em 19/06/2020

por Redação Ensino Superior

PUC-PR PUC-PR: aos 61 anos, faz parte da vida paranaense

As incertezas destes dias de pandemia fazem com que as pessoas fiquem ansiosas, falem mais e queiram respostas que ainda não há. É o que diz Leandro Figueira Neto, diretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional do Grupo Marista, uma organização católica que reúne as PUCs do Paraná – Curitiba, Londrina, Maringá e Toledo, colégios em várias partes do Brasil e a editora FTD, e ainda tem parceria com a PUC de Santa Catarina. Pois bem, como organizar o trabalho e trabalhar o lado psicológico de 11 mil colaboradores?

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PUC-PR
PUC-PR: aos 61 anos, faz parte da vida paranaense

“Na verdade, a gente vinha acompanhando a situação do coronavírus, mas quando houve a suspensão das aulas em nossos colégios em Brasília, por ordem do governador, a luz vermelha acendeu e começamos a planejar o trabalho remoto.” O Grupo Marista já tem um contingente grande de pessoas que trabalham duas vezes por semana em casa. “Já possuíamos essa cultura. Não imaginávamos nada nessas proporções, mas estamos conseguindo levar.”

Há 4 anos no Grupo Marista, e morando em Curitiba, o paulistano Leandro Figueira lembra que em 12 de março iniciou a grande revolução. Foram criados 5 grupos de crise e imediatamente as pessoas foram sendo liberadas para trabalhar em casa: os que já conheciam a rotina, os que tinham algum tipo de morbidade, e assim até o final. Dia 19, uma semana depois, estavam todos a postos trabalhando remotamente.

“Mas aí começaram a aparecer as exceções. Dos 11 mil colaboradores, 2 mil não tinham como trabalhar remotamente, gente como bibliotecárias e outras atividades. A solução encontrada nos colégios foi mais simples. Suspendemos os contratos conforme a medida provisória permitia, na qual o governo paga uma parte e a instituição dá sua contribuição legal, que na soma não atinge o salário. E aí decidiu-se que o Grupo Marista ia garantir que a pessoa tivesse o equivalente ao valor líquido mensal que ela vinha recebendo anteriormente.”

PUC chegou até os familiares

Segundo Leandro Figueira, foi um alívio muito grande entre os colaboradores, repercutindo até na comunidade. “Recebi várias manifestações no LinkedIn elogiando nossa postura.” Para dar ânimo a todos foram criadas várias atividades. Apoio psicológico para o funcionário e família, com oito sessões em vídeoconferência para quem necessitasse, momento de espiritualidade, havendo aqui a preocupação em atender a todas as religiões, e não apenas a católica. Ginásticas on-line, palestras sobre ansiedade, exercícios de meditação. Há uma preocupação para que a volta seja a melhor possível.

“Se há uma coisa que nos preocupa é como os colaboradores voltarão. Para isso terminamos uma pesquisa, da qual participaram 2 mil pessoas, para saber a percepção que à distância os colaboradores têm do grupo, bem como avaliar se o apoio das lideranças está sendo efetivo. A apuração dos dados nos deixou satisfeitos. Há um otimismo para a volta, e reafirmou-se a confiança na instituição”, diz Leandro Figueira.

PUC-PR fortalecida após isolamento
Leandro Figueira: em uma semana todas as lideranças já monitoravam suas equipes

A PUC-PR criou raízes no estado nesses 61 anos. Dos 11 mil colaboradores, 3 mil atuam no ensino superior, nas PUCs; 4.500 na educação básica espalhados pelo Brasil; 1.500 na administração, 700 na católica de Santa Catarina, e 1.500 no Hospital Marcelino Champagnat, o mais conceituado do Paraná, que leva o nome do fundador dos maristas. “É como o Einstein e o Sírio de São Paulo”, exemplifica Leandro. Mas foi nesse hospital modelo que houve a primeira morte de profissional de saúde do Paraná. “Ficamos consternados, demos apoio à família e afastamos dezenas de funcionários para protegê-los.” A enfermeira que morreu participou de uma cirurgia em que o médico, doente, contaminou também o paciente.

Para a operação não parar, na ida para as casas, os grupos de crise foram fundamentais. E à frente dessa ação para acalmar as pessoas até mesmo o superintendente geral do Grupo Marista, Antonio Rios, participou de diversas lives, levando ânimo, segurança e com isso diminuindo a ansiedade.

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Autor

Redação Ensino Superior


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