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Pesquisa da OCDE aponta ainda que 18% dos brasileiros de 25 a 64 anos tem diploma superior
Publicado em 03/11/2019
O Brasil tem uma das menores proporções de adultos com diploma de ensino superior. Considerando toda a população de 25 a 64 anos, apenas 18% das pessoas cursaram uma graduação. A taxa voltada a universitários é similar à do México, mas bem abaixo de outros países da América Latina: na Argentina, o índice é de 36%; no Chile, de 25%; na Colômbia, de 23%. Considerando somente os adultos jovens (25 a 34 anos), a taxa é de 21%.
Além de melhorar o acesso à educação de nível superior, o país precisa avançar nos indicadores de fluxo de formação. Apenas 33% dos universitários concluem a graduação no tempo esperado (4 ou 5 anos, dependendo da carreira). Nesse quesito, contudo, o país não está tão distante da média de 39% dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), como mostra o relatório Education at a Glance 2019. O estudo é produzido pela própria OCDE a partir de informações coletadas em 40 países.
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Entre tantos outros indicadores, o relatório também mostra que, entre a população jovem com formação superior, quase a totalidade tem um diploma de graduação (95%). Somente 5% têm mestrado ou doutorado. Em contrapartida, os diplomas de mestrado apresentam importante participação na educação superior nos países da OCDE, em que 30% da população com nível superior possui diploma de mestrado.
Com relação ao mercado de trabalho, o Education at a Glance confirma o que outras pesquisas já haviam apontado: quem tem formação superior tem taxas mais altas de empregabilidade. Elas são de 83% para esse grupo contra 72% para aqueles que têm apenas o ensino médio completo, e de 59% para os trabalhadores com apenas o ensino fundamental completo. As mulheres são as que mais se beneficiam. Na faixa etária mais jovem, de 25 a 34 anos, 82% das mulheres com o ensino superior estavam empregadas, percentual bem superior aos 63% das mulheres com o ensino médio e 45% com até o ensino fundamental completo. Já para os homens, na mesma faixa etária, as taxas de emprego observadas foram de 89%, 84% e 76%, respectivamente.
A área com maior número de egressos é a de negócios, administração e direito. Educação aparece em segundo lugar, seguida pela área de saúde e bem-estar. Finalmente, o estudo mostra que praticamente não há intercâmbio de alunos no ensino superior brasileiro. O percentual de alunos estrangeiros no Brasil é praticamente nulo – e isso está estagnado. Entre 2010 e 2017, nada mudou. Da mesma forma, apenas 0,6% dos universitários se matricularam em algum curso fora do Brasil em 2017. Na medida dos países da OCDE, a média é de quase 2%.
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