Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.
Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site....
Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.
Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.
Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.
NOTÍCIA
Seja como documentarista ou como realizador de longas de ficção, o diretor e roteirista paulistano Toni Venturi vem se pautando por fazer do cinema um instrumento de releitura de eventos e personagens históricos (O velho – A história de Luiz Carlos Prestes, Cabra-cega, Vocacional, uma […]
Publicado em 26/01/2012
Seja como documentarista ou como realizador de longas de ficção, o diretor e roteirista paulistano Toni Venturi vem se pautando por fazer do cinema um instrumento de releitura de eventos e personagens históricos (O velho – A história de Luiz Carlos Prestes, Cabra-cega, Vocacional, uma aventura humana), e de reflexão sobre o tempo em que vivemos (Latitude zero).
![]() |
Cena do filme “Estamos juntos”, de Toni Venturi |
Carmen (Leandra Leal) saiu de uma cidade no interior do Rio de Janeiro para morar em São Paulo, onde faz residência em um hospital público. Uma enfermeira (Debora Duboc) a convida a desenvolver uma ação educativa voluntária em um prédio ocupado pelo movimento dos sem-teto. Um amigo (Cauã Reymond) a acompanha nos momentos de diversão. E um rapaz misterioso (Lee Taylor) parece funcionar como seu confidente.
Enquanto nos aproximamos de Carmen e nos identificamos com ela, notando suas fragilidades e a profunda solidão em que vive na metrópole, vai se construindo uma trama que interliga diversos cenários sociais e que tem como eixo a ideia de solidariedade, ou o conforto e apoio que ela pode nos dar quando agimos como se estivéssemos todos juntos.
FILMOTECA
Juventude em pauta
A médica interpretada por Leandra Leal em Estamos juntos condensa alguns dos dilemas de parcela da população jovem brasileira, principalmente a de quem vive em grandes centros urbanos. Estar cercado de muita gente e estabelecer vínculos por meio de tecnologia ou de encontros efêmeros não significa necessariamente manter laços efetivos (e afetivos) com essas pessoas, sugere o filme.
![]() |
Os famosos e os duendes da morte, de Esmir Filho |
Diversos longas-metragens brasileiros recentes também são protagonizados por jovens, tanto no âmbito da classe média (como Apenas o fim, de Matheus Souza, e Os famosos e os duendes da morte, de Esmir Filho) como em situações de pobreza (como Sonhos roubados, de Sandra Werneck, e Cinco vezes favela – Agora por nós mesmos, realizado por jovens de favelas cariocas).
Olhares sobre o documentário
A vitalidade da produção documental brasileira, com centenas de longas e curtas-metragens produzidos por ano, encontra respaldo na volumosa recepção crítica a ela, em festivais, nos meios acadêmicos e na imprensa. Um bom exemplo é a coletânea Ensaios no real – O documentário brasileiro hoje, organizada por Cezar Migliorin (Azougue Editorial, 256 págs., R$ 43,90), que reúne 12 artigos cobrindo diversos aspectos do atual cenário.
“O documentário hoje é o nome de uma liberdade no cinema”, observa Migliorin em seu ensaio, que ressalta a “multiplicidade” da produção documental contemporânea e o fato de ela se estabelecer em um “lugar de indefinição, inapreensível”. Entre os demais artigos, Ismail Xavier examina o diálogo do cineasta Eduardo Coutinho (Moscou, As canções) com a tradição moderna e José Carlos Avellar faz um paralelo entre Juízo, de Maria Augusta Ramos, e Jogo de Cena, também de Coutinho.
Quem estiver disposto a estender suas leituras sobre as tendências contemporâneas da produção, cobrindo também o domínio internacional, pode recorrer a O documentário – Um outro cinema, do francês Guy Gauthier (Papirus, 432 págs., R$ 78,90). O autor reconstitui a trajetória histórica desse modelo de cinema, a partir do que considera a sua “pré-história” (o período 1870-1900) até o século 21, para que os “olhares sobre o presente” tenham como perspectiva os “olhares sobre o passado”.