Revista Ensino Superior | Um embate histórico - Revista Ensino Superior
Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Bem, cookies para exibir.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Bem, cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Bem, cookies para exibir.

NOTÍCIA

Exclusivo Assinantes

Um embate histórico

Estudos sobre a importância dos afetos para a aprendizagem remontam a vários séculos e ganharam impulso com movimentos como a psicanálise

Publicado em 06/03/2015

por Débora Pinto

Pintura de Karl Grob retrata Pestalozzi ensinando as crianças

Vem de longe o ideal ocidental que busca a separação entre razão e emoção. Ainda na Antiguidade, na Grécia, Aristóteles (384-322 a.C.) já afirmava categoricamente: “os sentimentos residem no coração e o cérebro tem a missão de esfriar o coração e os sentimentos”. Na chamada Idade Moderna, o pensamento de René Descartes (1596-1650) serviu para extrapolar esta dicotomia. O método proposto por ele foi revolucionário para as ciências e aprofundou um olhar mecanicista e racional do funcionamento do universo – influenciando todas as áreas do conhecimento. Esta visão ganharia reforço com outros pensadores influentes como Imannuel Kant (1724-1804) para quem “a razão é superior e as emoções e sentimentos são a enfermidade da alma”. “Tinha-se neste período uma ideia muito instrumental da escola, como um local para a obtenção de tipos específicos de conhecimento capazes de possibilitar o avanço do pensamento e a perpetuação da cultura através do estudo da língua e das artes”, aponta o professor Luciano Mendes de Faria Filho.

#R#

Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827) é considerado um dos grandes precursores do pensamento sobre a importância dos afetos para a aprendizagem. Ele acreditava que o amor, sobretudo o amor materno, era capaz de desenvolver potenciais e fazer com que as crianças encontrassem dentro de si sua fagulha divina. A escola devia ser, nesse sentido, uma extensão do lar, um ambiente de acolhimento e afeto.

Ideias capazes de questionar seriamente o pensamento racionalista dentro do campo da Educação só viriam, porém, no fim do século 19 e início do século 20, quando o Ocidente foi sacudido por conceitos como o inconsciente (trazido pelo movimento psicanalítico), que colocava em xeque a ideia dicotômica de sujeito. Além de mais complexo, o sujeito também passaria a ser entendido como ativo dentro do processo de aprendizagem, uma visão que seria explorada por pensadores como Lev Vigotski e Jean Piaget e levaria a movimentos como do da Escola Nova. As interações culturais, também acrescidas de complexidade, entram nesta baila conceitual­ levando a escola a pensar sobre si mesma e suas práticas.

“Aqui no Brasil nós assistimos, a partir dos anos 30 do século passado, a diversas iniciativas de escolarização apontando para um modelo que valorize as relações e os afetos – não apenas entre alunos e professores mas também desses com o seu meio. Até hoje é possível encontrar várias iniciativas deste tipo – ainda que, proporcionalmente, elas sejam pouquíssimas”, afirma o professor Mário Sérgio Vasconcelos.

Autor

Débora Pinto


Leia Exclusivo Assinantes

DSC_0018

Escolas oferecem disciplinas para facilitar ingresso em universidades...

+ Mais Informações
Maria Montessori

Pedagoga e psicanalista apostaram em experiências educativas libertárias...

+ Mais Informações
Gerundio 1 iStock_000005825672

O “gerundismo” é fruto de influência do inglês?

+ Mais Informações

Mapa do Site

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.