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Gestão

Recursos para rentabilidade de IES privadas devem ir além de mensalidades

José Roberto Covac defende que ensino superior privado precisa buscar alternativas para captação de recursos, podendo inclusive recorrer à filantropia

Publicado em 09/06/2021

por Mayara Figueiredo

recusos As instituições filantrópicas são exemplos que possuem boas formas e fontes de conseguir esses recursos

“No Brasil, sobram muitos recursos públicos por falta de projetos”, declara José Roberto Covac, advogado especialista em direito educacional, em vídeo de seu canal no YouTube, na última terça-feira, 8. Ele defende que as instituições de ensino superior privadas podem recorrer à filantropia e recursos públicos por meio de projetos ligados à comunidade, desde que esses estejam de acordo com a missão ou estatuto da própria IES. Se preciso, elas podem até modificar seus valores legalmente, a fim de conseguir esses fundos.

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Para o especialista, o que vale é a transparência: “O parceiro, doador ou financiador, tem que saber exatamente o destino desses recursos e o projeto de captação têm que ter relação com a vocação da instituição”, explica. Considerando o atual clima de incertezas e possíveis instabilidades que IES têm enfrentado, a mensalidade não deve ser a única maneira de conseguir rentabilidade e é preciso buscar alternativas. “As instituições filantrópicas são exemplos que possuem boas formas e fontes de conseguir esse aporte”, diz.

Entidades e formas de captação de fundos

recursos
As instituições filantrópicas são exemplos que possuem boas formas e fontes de conseguir esses recursos (foto: Pixabay)

“Existem várias entidades e iniciativas filantrópicas capazes de atender as IES como a Lei do Audiovisual, Fundo Nacional do Idoso, o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD), a própria Lei Roanet, entre outras”, reforça. Segundo o advogado, é necessário também que as IES estejam atentas às leis e editais, em função do que o poder público possa oferecer e que elas, por sua vez, possam aproveitar. “Outro exemplo de captação de recursos são as esferas federais, estaduais e municipais, pois é devolvida muita verba pública por falta de projetos”, observa.

Covac cita ainda a possibilidade de crowdfunding para encontrar apoiadores e financiadores de bolsas de estudos, a realização de eventos como bazares e rifas (novamente se atentando à legislação, sobre o que pode e não pode fazer), bem como apostar em serviços. “Além da educação, a instituição pode investir em produtos exclusivos para venda e até fazer locação de algum espaço próprio para outros projetos, por exemplo, realização de peças de teatro no auditório da universidade”, sugere. Além dessas opções, também é possível captar recursos para pesquisas.

“A partir do momento em que a instituição reconhece que precisa melhorar seus rendimentos, ela precisa buscar quais são os fundos disponíveis que tenham a ver com sua missão”, Conclui.

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Mayara Figueiredo


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