NOTÍCIA
Escolas, universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento em Copenhague desempenham um papel fundamental na promoção da inovação e do progresso
Publicado em 03/05/2024
Por Beatriz Balena*: O sistema educacional dinamarquês há muito é reconhecido como um modelo de excelência e inovação. Com uma abordagem centrada no aluno, igualdade de acesso e aprendizagem baseada em projetos, as escolas e universidades em Copenhague e em toda a Dinamarca oferecem valiosas lições para os gestores da educação do Brasil.
Em recente missão acadêmica, promovida pela Hoper e pelo Instituto Horizon, visitamos instituições de ensino, de pesquisa e inovação, e chamo atenção para alguns tópicos, que nos ajudam a pensar estratégias para melhorar o sistema educacional brasileiro e, como gestores, impactar de maneira eficiente o setor.
Em primeiro lugar, a igualdade de acesso é um princípio fundamental. O sistema dinamarquês garante que todos os alunos, independentemente de sua origem socioeconômica ou geográfica, tenham acesso a uma educação de qualidade. O Brasil pode aprender com isso, buscando reduzir as disparidades educacionais e proporcionar oportunidades iguais para todos os alunos, independentemente de sua condição financeira ou localização.
Além disso, a abordagem dinamarquesa enfatiza a autonomia e a responsabilidade das escolas e professores. Em vez de um currículo rigidamente padronizado, as escolas têm flexibilidade para adaptar o ensino às necessidades e interesses dos alunos. Isso promove a inovação e a criatividade, preparando os alunos para os desafios do século 21. Os gestores da educação no Brasil podem se inspirar nessa abordagem, incentivando a autonomia das escolas e promovendo uma cultura de experimentação e aprendizado contínuo.
Outro aspecto crucial do sistema dinamarquês é a aprendizagem baseada em projetos. Em vez de apenas memorizar fatos e teorias, os alunos são incentivados a aplicar seu conhecimento na resolução de problemas do mundo real. Isso não apenas torna a aprendizagem mais significativa, mas também desenvolve habilidades essenciais, como pensamento crítico, colaboração e criatividade. O Brasil pode incorporar essa abordagem em suas escolas, promovendo projetos interdisciplinares que conectem o currículo às necessidades da sociedade.
Além das escolas, as universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento em Copenhague desempenham um papel fundamental na promoção da inovação e do progresso. O Brasil pode aprender com isso investindo em pesquisa e desenvolvimento educacional, incentivando parcerias entre universidades, escolas e empresas, e promovendo uma cultura de colaboração e compartilhamento de conhecimento.
Em resumo, o sistema educacional dinamarquês oferece valiosas lições para os gestores da educação do Brasil. Ao priorizar a igualdade de acesso, promover a autonomia e a responsabilidade das escolas, adotar uma abordagem de aprendizagem baseada em projetos e investir em pesquisa e desenvolvimento educacional, o Brasil pode avançar em direção à excelência educacional e ao desenvolvimento como país. Com determinação e comprometimento, podemos nos espelhar no sucesso de Copenhague e construir um futuro mais brilhante para nossos alunos e nossa nação.
*Beatriz Balena é doutora em Sociologia e reitora da UVA. Conselheira certificada em empresas e organizações educacionais.