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Redação

Academia Brasileira de Ciência lança livro para espantar o negacionismo

Helena Nader, presidente da ABC, conta que a publicação “busca explicar, em linguagem acessível, a origem e a evolução da vida a partir de uma abordagem científica

Publicado em 24/09/2024

por Sandra Seabra Moreira

pexels-edward-jenner-4031525 Crédito: Edward Jenner/ Pexels

A Academia Brasileira de Ciência (ABC) lançou dia 19 de setembro, no Rio de Janeiro, o livro A evolução é fato, obra que reafirma a evolução como fato científico, com a participação de 28 pesquisadores, entre membros da ABC e convidados, sob a coordenação de Carlos Frederico Menck, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, também membro da ABC. 

Menck conta que o trabalho teve início na pandemia de covid-19, quando houve avanço da onda de negacionismo e desinformação, e levou cerca de três anos para ser concluído. Após o lançamento, a ABC trabalha na tradução da obra para o inglês e espanhol.

“Sempre que estudamos algo novo, fica comprovado que a evolução é fato. Grandes descobertas foram feitas.  Por exemplo, temos a sequência do genoma de diversos animais, que corrobora as ideias de Charles Darwin. É um livro bastante completo em evolução e que fala para um público leigo, que não é especialista no tema. É uma obra importante para se ter em escolas”, diz Menck.

A presidente da ABC, Helena Nader, afirma que “a evolução é mais do que uma teoria sobre a origem das espécies; é o alicerce para compreendermos a biologia, influenciando desde a ecologia e a genética até a medicina e a saúde pública”. 

No prefácio do livro, a presidente aponta que “a pesquisa científica reforça que todas as espécies têm ancestrais comuns, e os fósseis demonstram que muitas espécies já se extinguiram, o que contradiz as explicações criacionistas sobre a origem da vida”.

 

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“O trabalho busca explicar, em linguagem acessível, a origem e a evolução da vida a partir de uma abordagem científica. Por meio desta publicação, a ABC aponta como a ciência se diferencia do criacionismo e expressa, de forma inequívoca, a sua visão, afirmando que o criacionismo ou design inteligente não têm lugar na explicação da origem da vida no mundo em que vivemos. Evolução é fato”, completa.

Acesse o e-book no site da ABC: A evolução é fato

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Inclusão no ensino superior

Vinte e um de setembro foi o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, data importante para trazer ao debate os desafios que a sociedade tem à frente para garantir o acesso ao estudo e ao trabalho de pessoas com deficiência. No Brasil, são 17,3% da população ou 36 milhões de brasileiros, de acordo com o Censo 2022, o último realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Nas universidades, o número de estudantes com deficiência vem aumentando, mas ainda são poucos. De acordo com o Inep, em 2012, o número de matrículas no ensino superior de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades correspondia a 0,4% do total; em 2022, eram 0,8%. 

Em 2022, de acordo com a Capes, dos 142.697 estudantes matriculados em cursos de mestrado, 1.263 eram pessoas com deficiência. Entre os 45.294 que concluíram, apenas 388 eram pessoas com deficiência. A própria Capes informa, entretanto, que estes números são imprecisos, pois as IES não têm a obrigatoriedade de informá-los. Ter alunos com deficiência nos programas de mestrado e doutorado não tem qualquer peso na avaliação das IES. Mas deveria.

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Núcleo de acessibilidade da UCB

Desde 2022, a Universidade Católica de Brasília (UCB) mantém o Núcleo de Inclusão e Orientação Psicopedagógica (NIOP), que oferece suporte a alunos com deficiências físicas, intelectuais, mentais, auditivas e visuais, além de transtornos específicos da aprendizagem e neurodiversos.

O NIOP acompanha 276 estudantes e, somente no primeiro semestre de 2024, o núcleo aplicou 1953 provas e adaptou cerca de 329 páginas de materiais. Entre os serviços prestados estão o atendimento psicopedagógico, monitoramento de casos psiquiátricos, apoio em provas com tempo adicional e suporte aos estudantes em visitas pedagógicas. Para estudantes com deficiência auditiva, o núcleo disponibiliza intérpretes de Libras em sala de aula e atividades extracurriculares. Para estudantes com deficiência visual há materiais em braille, com letra ampliada ou em áudio, além de outros recursos de tecnologia assistiva. 

“Não é apenas o estudante com deficiência que se beneficia, mas toda a comunidade acadêmica. A convivência com a diversidade enriquece a experiência de todos, promovendo aprendizado mútuo e compreensão das realidades diferentes,” afirma a coordenadora do NIOP, Angélica de Lucas Gavaldão.

 

Leia: Pessoas com deficiência impulsionam a pesquisa na universidade

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Curso de gestão esportiva da Trevisan no topo

A revista internacional SportBusiness, responsável pelo Postgraduate Ranking, divulgou a lista dos 50 melhores programas de especialização em Gestão de Esporte em todo o mundo e a Trevisan Escola de Negócios é a primeira da América Latina a constar nele.  

O MBA Executivo em Gestão e Marketing Esportivo foi criado em 2022 e formou até agora mais de dois mil profissionais. Entre os quesitos avaliados estão corpo docente, internacionalização, diversidade, atividades extracurriculares e empregabilidade. São realizadas pesquisas com com ex-alunos que se formaram nos últimos três anos; e outra com os líderes acadêmicos dos cursos. Estão no ranking também instituições como a Johan Cruyff Institute, da Espanha, com a qual a Trevisan possui parceria para o desenvolvimento de módulos internacionais.

 

Autor

Sandra Seabra Moreira


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