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Matrículas no EAD mantêm crescimento, mas taxa de escolarização continua estagnada

Brasileiros mais velhos e sem oportunidade de ingressar no ensino superior logo após o ensino médio é o perfil do aluno que opta pela modalidade a distância

Publicado em 02/06/2020

por Redação Ensino Superior

aluno-EAD Foto: Shutterstock

Como já esperado, as matrículas nos cursos de ensino superior presenciais tiveram uma queda de 2,1%, contra um aumento de 16,9% no ensino a distância (EAD), revela o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2020, divulgado no fim de maio pelo Semesp, entidade que representa as instituições de ensino privadas.

Leia: Mapa do Ensino Superior 2020 evidencia as desigualdades educacionais do país

EAD taxa de escolarização
Foto: Shutterstock

Contudo, o aumento das matrículas no EAD continua não impactando a taxa de escolarização líquida do país, que se mantém estagnada. No caso, em 2018, apenas 17,9% dos jovens de 18 a 24 anos estavam matriculados no ensino superior. “É uma taxa muito tímida e preocupante para um país que quer ser desenvolvido. Não há como querer estar à frente com um percentual baixo de qualificação superior”, alerta Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, que entende que o Mapa evidencia a perversa exclusão educacional brasileira.

Aliás, o levantamento indica ainda o perfil do aluno EAD: busca melhores condições de trabalho com o diploma, muitas vezes por não ter conseguido ingressar quando jovem e possui uma média de 30 anos. Nota-se também uma migração considerável do aluno presencial noturno para o EAD, devido à necessidade de conciliar os estudos com o trabalho e família. Já o presencial atinge aqueles que acabaram de concluir o ensino médio, geralmente, na faixa dos 23 anos, e que não se identificam com a modalidade online.

Leia: EAD tem oferta superior à demanda

Uma nova modalidade

Enquanto muitos especulam que o ensino presencial está perdendo espaço e com a pandemia a tendência é se enfraquecer ainda mais, Capelato vai na contramão, devido ao isolamento social revelar que os estudantes sentem falta do presencial e preferem aulas remotas ao vivo e não as gravadas, que predominam no modelo EAD. “Quem acho que vai morrer é o EAD, pois as pessoas optam por essa modalidade muito mais pelo preço do que pela preferência. Já que o interesse sempre foi ter aula ao vivo, tirar dúvida na hora”, provoca, que completa: “aliás, não entendo, por exemplo, como se entrega um curso a R$ 200,00”.

Para mais informações sobre o Mapa, clique aqui.

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Autor

Redação Ensino Superior


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