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Gestão

Gestores buscam inovação e boas práticas no exterior

Publicado em 04/03/2022

por Edimilson Cardial

Missão Semesp exterior Toronto 2012 Missão técnica em 2012, à Universidade de Toronto, Canadá. Foto: reprodução/ Instagram @fabiogarciareis

Os gestores das IES são desafiados no dia a dia para manter a máquina funcionando e trazendo resultados. A competição, agora impulsionada pela inovação, é cada vez maior. Além de inúmeras pesquisas, debates e eventos que falam do futuro, o Semesp criou missões ao exterior. O objetivo é levar os dirigentes para conhecerem outras experiências. Alexandre Nunes Theodoro, reitor da Faesa, que em 2022 completa 50 anos, diz que esse aprendizado ele pratica de algumas maneiras: vai a essas missões, estuda o segmento, que é muito regulado, e participa do grupo de cooperação.

Leia: Cooperação na esfera da formação docente

“Faço parte do G7, grupo de cooperação do Semesp no qual atuam dezenas de instituições. Toda semana falamos dos nossos êxitos e relatamos as nossas dificuldades. Acho que essas três coisas me permitem levar a Faesa ao ponto em que está. A Faesa, que do infantil à pós-graduação tem 8 mil alunos, ostenta o título de terceira melhor instituição do país e a primeira do Sudeste, segundo o MEC”, diz. 

Missão Semesp exterior Toronto 2012
Missão técnica em 2012, à Universidade de Toronto, Canadá. Foto: reprodução/ Instagram @fabiogarciareis

Alexandre Theodoro é a segunda geração à frente da Faesa. A instituição nasceu com uma inovação: ofereceu graduação à noite, coisa que não existia na Grande Vitória, no Espírito Santo. Segundo o reitor, o acolhimento e o empreendedorismo são duas preocupações permanentes. “Estamos em contato com empresas porque a pandemia e a tecnologia trouxeram muitas alterações e precisamos ficar atentos às mudanças.”

Para abrir a cabeça

Também do Espírito Santo, Alacir Araújo, mantenedora da Faculdade Saberes, diz que procura buscar informações em todos os lugares acerca de gestão do ensino superior. “Há poucas ofertas de conteúdo sobre o nosso setor, então viagens como essas ao exterior nos abrem a cabeça comparando experiências. Nem sempre se pode aplicar, mas conhecer outros cases nos deixa mais animados”, conta. 

“Mais do que tudo abre a cabeça, nos mostra tendências, vislumbra o futuro”

Alacir Araújo tem uma instituição com 300 alunos, mas 100 foram perdidos pela evasão na pandemia. “Na verdade, minha faculdade vinha muito certinha, mas agora essas incertezas nos deixam preocupados. Os alunos reclamam que perderam os empregos, daí a inadimplência.” Na busca pela diversificação de receitas, a Faculdade Saberes criou um curso preparatório para concurso público na área de educação. “Nossos alunos nesses cursos são aprovados e tornam-se funcionários públicos.” O curso mais procurado na graduação é letras, o carro-chefe da instituição fundada em 2002. 

Alunos de diferentes áreas estudando juntos

Adriano Novaes, diretor-geral e um dos mantenedores da Esamc-Uberlândia, é um grande entusiasta dessas missões internacionais promovidas pelo Semesp. “Mais do que tudo”, diz ele, “abre a cabeça, nos mostra tendências, vislumbra o futuro. Foi em Harvard há muitos anos que tive uma experiência marcante. Ouvi sobre sala de aula invertida, metodologias ativas. As palestras foram excepcionais.” 

A Esamc hoje tem 3.500 alunos que se beneficiam de várias medidas adotadas a partir das visitas de Novaes. No início, ele lembra que era um deslumbre ver o campus, mas logo a parte acadêmica e de gestão tomaram boa parte de toda a viagem. “Foi na Inglaterra que conhecemos a instituição que melhor operava o campus”. Os gestores tinham sido executivos de empresas que agora atuam em educação. E as IES eram empresas, tinham que ser tratadas como tais”, enfatiza. 

Novaes lembra que foi a partir da visita à Irlanda, no Trinity College, em Dublin, onde viu alunos de várias áreas estudando juntos, que implantou a mesma coisa na Esamc. E na visita à BMW, na Alemanha, percebeu o cuidado da integração universidade-empresa, o que levou a criar uma área específica para cuidar dos estagiários. Sobre o futuro das IES no Brasil, Adriano Novaes, cuja primeira turma na Esamc é do ano 2.000, acha que existe uma grande oportunidade, “num país em que apenas 18% dos jovens de 18 a 24 anos estão no curso superior”. 

Veja a programação:

20/05 Saída de São Paulo para Boston
21/05 Chegada a Boston
22/05 Livre
23/05 Visita/curso na Southern Hampshire University (essa instituição teve um crescimento muito forte em plena pandemia e virou um case nos EUA)
24/05 Curso em Harvard sobre inovação acadêmica e com a presença do Prof. Eric Mazur
25/05 Viagem para Orlando
26/05 Visita/Curso na Universidade do Sul da Flórida (essa é uma instituição referência em gestão de sucesso dos alunos por meio de indicadores. Palestraram no Fnesp de 2019)
27/05 Visita/Universidade Politécnica (essa instituição fica próxima de Orlando e tem um campus futurista)
28 e 29/05 Livre em Orlando
30/05 Viagem para Miami, visita à Must University (instituição do Antonio Carbonari) e retorno ao Brasil à noite.

Matéria publicada na edição 264 – março/2022

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Edimilson Cardial


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