NOTÍCIA
É esperado das instituições de ensino que proporcionem aos seus alunos uma formação que dê subsídios para a construção de uma carreira profissional exitosa, se constituindo em uma referência e um local de oportunidades
Publicado em 11/11/2021
Estudo do Instituto Semesp com apoio da Simplicity, foi realizado com o objetivo de apontar a empregabilidade de egressos por área, revelando a posição dos profissionais e a eficiência do diploma de graduação em termos de rentabilidade e sucesso dos egressos de instituições públicas e privadas de todas as regiões do país. A pesquisa, sem pretensões acadêmicas ou científicas, foi realizada entre os dias 13 de outubro e 16 novembro de 2020 e contou com a participação gratuita e facultativa de 9.228 alunos e egressos da educação superior.
A pesquisa, sem pretensões acadêmicas ou científicas, foi realizada entre os dias 13 de outubro e 16 novembro de 2020 e contou com a participação gratuita e facultativa de 9.228 alunos e egressos da educação superior.
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Na pesquisa foram ouvidos 5.693 egressos de 592 IES privadas e 179 cursos distintos de todas as áreas do conhecimento em todo o Brasil. O perfil dos egressos é composto, em sua maioria, por mulheres na faixa etária dos 25 aos 29 anos e residentes na região Sudeste do país. Mais da metade é formada por IES privadas nos últimos três anos no período noturno. Houve, também, maior participação de egressos da área de “Negócios, administração e direito” e os três cursos mais citados foram Administração, Direito e Pedagogia.
Os egressos compõem parcela importante e significativa da força de trabalho do país. Em 2018, o Brasil tinha, aproximadamente, 46,6 milhões de trabalhadores; 23,0% destes tinham o ensino superior completo, de acordo com dados da 10ª edição do Mapa do Ensino Superior do Brasil. Segundo o mesmo estudo, entre 2014 e 2018, o número de empregos formais para os empregados com ensino superior completo aumentou 10,9%, chegando a 10,7 milhões.
Leonardo Queiroz, vice-presidente de Crescimento da Kroton, empresa detentora da marca Anhanguera, explica que “em geral, profissionais com diploma possuem salários mais eleva- dos, inserem-se com mais facilidade no mercado de trabalho, ocupam mais posições de gestão e têm maior estabilidade no emprego. Além disso, a taxa de desemprego entre pessoas com curso superior é de 6%, contra 14% dos trabalhadores sem diploma (dados da Pnad Contínua)”. A importância do cultivo de práticas de empregabilidade nas instituições de ensino se traduz em resultados positivos como esses.
“Esse índice é extremamente importante. É um indicador de que a formação oferecida está atendendo às demandas do mercado de trabalho, assim como comprova o reconhecimento da qualidade da formação oferecida”, afirma a doutora Celina Camargo Bartalotti, coordenadora geral de Graduação do Centro Universitário São Camilo.
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A maioria dos egressos ouvidos na pesquisa está trabalhando ou realizando estágio na sua área de formação: 61,4% dos egressos de IES priva- das e 65,2% dos egressos de IES públicas. Apenas 17,4% do total de respondentes relatou não estar trabalhando no momento. Este é um cenário com prospecto otimista para o futuro, vários impactos negativos enfrentados pela economia brasileira no cenário de pandemia e a escassez de investimentos na área pública, que acarretam um número reduzido de vagas ofertadas pelas empresas e do pessoal contratado. Como afirma o professor Luiz Henrique Amaral, reitor da Universidade Cruzeiro do Sul:
“Cada egresso de um curso superior pode ser visto como um investimento que produz mudanças globais, no indivíduo, no mercado de trabalho e na sociedade”.
Além do índice de empregabilidade, as melhorias na vida e carreira dos egressos após a conclusão dos cursos variam num amplo espectro de qualidades. Crescimento pessoal, reconhecimeto profissional, ampliação do senso crítico, renda extra, efetivação, melhorias na qualidade de vida e bons resultados em concursos públicos são apenas algumas das melhorias citadas pelos egressos consultados.
Os 3.964 alunos respondentes da Pesquisa de Empregabilidade são de 254 IES privadas e públicas e de 151 cursos distintos de todas as áreas do conhecimento. Há 2.065 alunos representantes dos cursos de graduação presenciais e de EAD, 1.899. Há uma diferença significativa entre as idades dos alunos de cursos presenciais e EAD. Enquanto os estudantes de cursos presenciais são mais jovens (68,9% possuem até 24 anos), as idades dos alunos do EAD estão mais distribuídas (70,6% possuem 30 anos ou mais).
A pergunta que todos querem saber: os egressos estão empregados?