Revista Ensino Superior | Política de idiomas: o que é e como construir uma eficaz? - Revista Ensino Superior
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NOTÍCIA

Internacionalização

Política de idiomas: o que é e como construir uma eficaz?

Por essência, ela é um documento de alto nível que define padrões para o ensino de línguas, fornecendo um plano estratégico para seu desenvolvimento

Publicado em 19/06/2019

por Alberto Costa

politica-de-idiomas Foto: Shutterstock

A internacionalização do ensino superior pode ser vista como um conjunto de ações diversas que a compõem, como se fossem camadas.

Nos textos anteriores abordamos questões de âmbito macro, como a definição do processo, os primeiros passos para adotá-lo e EMI (English as a Medium of Instruction), que é um dos meios pelo qual a comunicação e a troca internacional acontecem. E o importante é não apenas conhecê-los individualmente, mas pensar neles como parte de uma pirâmide, composta por pequenos itens que formam camadas complementares e de sustentação.

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Dessa forma, por menor que seja, todas as peças são essenciais para chegar ao resultado final e para mantê-lo constante.

Dessa vez, faremos um recorte em torno de um forte alicerce que propicia a espinha dorsal da internacionalização: a política de idiomas. Por essência, ela é um documento de alto nível que define padrões para o ensino de línguas, fornecendo um plano estratégico para seu desenvolvimento.

É importante ressaltar que ela por si só não é a internacionalização, mas faz parte do ecossistema que a compõe. E apesar de ter uma definição de fácil entendimento, sua elaboração ainda é muito nebulosa para algumas instituições.

As políticas de idioma servem para orientar as universidades não apenas durante o processo de implantação da internacionalização do ensino, como também na fase seguinte. É a partir dela que são estabelecidas metas para o ensino e definidas quais atividades serão necessárias para alcançá-las. E essa é a base para definição de parâmetros que permitirão monitorar sistematicamente o progresso em direção aos seus objetivos.

De forma prática, podemos afirmar que o documento é formado por quatro pilares principais, grandes áreas que precisam ser desenvolvidas, pensadas e estruturadas com cuidado por várias mãos. São elas: currículo, avaliação, professores e recursos. E até chegar a uma versão final, discussões são feitas em todos os níveis: liderança, diretório estudantil e as diferentes escolas da instituição.

Além disso, é importante ressaltar que o resultado é público e deve ser compartilhado e visível por toda comunidade estudantil, acessível por meio do portal e dos canais de comunicação e relacionamento.

política de idiomas
Foto: Shutterstock

Currículo:

O currículo é importante para definir os padrões que são almejados pela instituição e buscar o caminho para atingi-los. Os cursos que farão parte do programa de internacionalização são totalmente estruturados a partir dele e é nesse momento que há a necessidade de tomar uma decisão: adotar o inglês como meio de instrução (EMI) ou aprender conteúdo através do inglês e outros idiomas (CLIL –  Content and Language Integrated Learning).

Quando a opção é o CLIL, os alunos aprendem um determinado conteúdo ao mesmo tempo em que trabalham o idioma, fazendo com o que nível de proficiência inicial exigido não seja tão alto. Já no caso do EMI, é importante se atentar ao fato de que os estudantes precisam estar preparados para aulas ministradas em inglês. E isso nos leva para o segundo ponto da política de idiomas: avaliação.

Avaliação:

A avaliação é uma parte cíclica que compõe todos os estágios da internacionalização. Na fase de planejamento da política é essencial que sejam definidos recursos e parâmetros que trabalharão a favor dos diferentes momentos do processo, como a comprovação de proficiência no idioma para haver nivelamento entre as turmas; acompanhamento periódico do desenvolvimento das turmas durante a aplicação dos seus programas e currículos; e ao final dos estudos, com a possibilidade de agregar à formação dos alunos certificados internacionais reconhecidos pelo mercado para melhores chances de trabalho e de educação continuada.

Professores:

Os docentes são outra parte fundamental desse ecossistema. É preciso entender se eles estão alinhados com os objetivos da instituição, se conseguem passar toda essa mudança para os alunos, e se, acima de tudo, estão preparados metodologicamente para a mudança.

Os professores de instituições de ensino superior já têm as formações exigidas por lei: pós-graduação, mestrado e doutorado, mas quando pensamos em um ensino internacionalizado, padrões linguísticos são importantes e muitas vezes essas formações não abragem o tema.

A partir dos objetivos estabelecidos nas políticas, caso os profissionais não estejam aptos a performar da maneira esperada, é preciso pensar no apoio que desenvolverá o conhecimento e as habilidades complementares.

Formação continuada não apenas significa, por exemplo, aulas de inglês, mas o aprofundamento de metodologias para que eles se sintam seguros em lecionar as suas disciplinas utilizando como meio uma outra língua que não a sua materna.

Recursos:

Os recursos precisam ser pensados e vão existir dentro da instituição tanto para professores quanto para alunos. São materiais didáticos que farão parte do dia a dia de ambos e precisam ser escolhidos e revisados com clareza. Afinal de contas, eles são a base do ensino.

Sua escolha precisa estar alinhada ao currículo, ao formato de avaliação adotado e ao desenvolvimento dos professores. Podemos pensar nessa como a última parte, que fecha e une todo o documento.

A partir do momento que as quatro áreas são contempladas e que a política de idiomas produzida é colocada em prática, é de extrema importância avaliar e olhar periodicamente para essa estrutura e compreender se está performando de acordo com o esperado e se está sendo usada da forma correta.

É preciso encará-la como um documento vivo, que muda constantemente, que é construído pela comunidade e que vai se renovando e crescendo junto com a instituição a qual pertence.

E, acima da tudo, é preciso ter ciência de que tudo em uma política de idiomas precisa ser pensado para caber dentro de uma realidade. No fim das contas, não existe certo e errado dentro disso, e sim o que faz sentido ou não para sua instituição.

*Alberto Costa é Senior Assessment Manager de Cambridge Assessment English, departamento da Universidade de Cambridge especializado em certificação internacional de língua inglesa e preparo de professores.

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Autor

Alberto Costa


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