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NOTÍCIA
Questões culturais, feedback e idioma são destaques deste artigo do especialista Alberto Costa
Publicado em 01/12/2020
Depois de abordar vários aspectos técnicos e teóricos da internacionalização do ensino superior, como sua definição, etapas de implementação, cases de sucesso (dentro e fora do país), formas de mensuração, meios de instrução e até aspectos mais filosóficos, relacionando o modelo de ensino com a economia do conhecimento, é chegada a hora de nos aprofundar um pouco mais no dia a dia do ensino superior internacionalizado.
Leia: EMI x EAP: o que é cada prática e como elas se distinguem
Vamos falar mais a respeito da prática desse modelo de ensino e dos possíveis desafios pelos quais os docentes podem enfrentar ao lidar com turmas tão plurais e de nacionalidades, muitas vezes, tão distintas. É necessário lembrar que o idioma não é a única característica que difere cada um dos alunos dentro de uma sala de aula internacionalizada. Aspectos como a cultura, costumes e crenças os fazem únicos.
Dentro disso, existem alguns módulos propostos pelo EMI, recurso usado como meio de comunicação e de instrução, pelo professor para os alunos, dentro do ensino superior internacionalizado – já falamos a respeito desse tema aqui.
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Pode parecer engraçado, mas a confusão de palavras é causada não só por serem cognatos, mas também pelo uso em situações distintas de acordo com o contexto, costume e cultura de cada região. Um exemplo prático e até engraçado é da seguinte tríade de palavras: seminar x seminário x lecture.
No ensino superior britânico algumas classes têm o formato anfiteatro, onde as atenções são voltadas para a docente que está ministrando sua lecture. Ou seja, falando sem interrupções, listas de chamada ou grandes interações com os alunos. Geralmente há uma sequência de lectures em um mesmo dia, com datas marcadas. Bem parecido com o que acontece aqui no Brasil com palestras em faculdades e outras instituições.
Já o seminar, um falso cognato com a palavra seminário, em português, significa aulas práticas e participativas, onde o professor interage com os alunos, abre espaço para troca de informações, promove atividades em grupo e leciona dentro de uma sala de aula menor, com menos pessoas, e geralmente contando presença.
Leia: Como ajudar os estudantes durante o processo de internacionalização
O seminário no Brasil, como bem sabemos, geralmente se traduz em eventos a parte, encontrados em semanas reservadas dentro de cursos onde pessoas de fora são convidadas para falar a respeito de vários assuntos relacionados aos temas da graduação.
A confusão entre os significados e palavras, apesar de engraçada, acontece com frequência e foi relatada por professores durante o ciclo de capacitação de Cambridge Assessment English, e se dá justamente pela diferença entre contextos e culturas. Não só com lecture, seminar e seminário, isso pode acontecer com inúmeros outros termos e por isso é necessário entender e tomar cuidado quando lecionamos num contexto de EMI.
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O feedback é uma espécie de avaliação de desempenho individual que não costuma ser comum na realidade do ensino superior normal do Brasil, mas é algo implementado no universo da internacionalização ao lidar com alunos estrangeiros, isso porque o feedback guia o estudante, apontando aspectos positivos e negativos a serem melhorados para atingir os objetivos da graduação com excelência.
Essa avaliação de desempenho é, em tese, muito simples. Mas detalhes como o tom em que a conversa é conduzida ou a forma como o professor aborda os erros e acertos dos alunos pode ser ofensivo para alguns deles. Em outros casos, a cordialidade ou informalidade em excesso, por parte do professor, ao falar de um mau desempenho do aluno, pode soar para o estudante como algo sem importância, como se fosse necessário haver um tom autoritário, ou mais incisivo na hora de destacar os pontos fracos.
Por isso, as instituições em geral devem adotar uma especie de “passo a passo” e protocolos para que os feedbacks sejam passados sempre da mesma forma e não deixem dúvidas, ambiguidades, aparente ofensa ou ineficácia em relação aos alunos.
Apesar de parecer óbvio, é sempre importante ressaltar a importância de respeitar toda e qualquer cultura, ainda mais quando em uma mesma sala de aula existem tantas pessoas com tantas nacionalidades, histórias e crenças diferentes.
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Faz parte e é dever dos docentes enquanto condutores de conhecimento, entender a necessidade que todas as culturas têm, e, se necessário, replicar isso em sala de aula para que não hajam episódios ofensivos entre colegas.
Todos esses pontos citados acima podem acabar se perdendo ao pensar na grandiosidade que é implementar e mudar o sistema de ensino de uma instituição, mas são justamente esses cuidados do dia a dia que farão a diferença em sala de aula e o tornarão um ambiente acolhedor para todos.
*Aberto Costa é Senior Assessment Manager de Cambridge Assessment English, departamento da Universidade de Cambridge especializado em certificação internacional de língua inglesa e preparo de professores.
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