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NOTÍCIA
Publicado em 03/03/2022
Neste ano, o orçamento de investimentos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) ficou em R$720 milhões, o que representa 78% do valor investido em 2010, que foi de R$3,34 bilhões. O Ministério da Educação (MEC), por sua vez, recebe em 2022 R$3,45 bilhões para investimentos, comparados aos R$10 bilhões e R$20 bilhões de 2009 a 2015, com valores corrigidos pela inflação.
A queda nos investimentos em educação e ciência no Brasil resulta na perda da inteligência nacional, o que fará o país ter grandes consequências no desenvolvimento econômico. É o que afirma Soraya Smaili, coordenadora do Centro de Saúde Global (CSG) da Unifesp e do Centro SOU Ciência.
“Diminuição é tamanha, chegando a patamares de 20 anos atrás”
“Os orçamentos da ciência no nosso país estão diminuindo. A diminuição é tamanha, principalmente de 2019 a 2022, que faltam recursos para as universidades federais e institutos de pesquisa para a realização dos diferentes projetos, chegando a patamares de 20 anos atrás”, alerta.
Smaili julga ser um retrocesso muito grande, considerando que são recursos necessários para a manutenção, compra de equipamentos, obras de laboratórios, hospitais e pesquisas de diferentes tipos. “Sem essas verbas a ciência está sendo fortemente prejudicada e sucateada, especialmente em um período tão crítico para a saúde no Brasil”, considera também.
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A coordenadora também relembra que a falta de recursos nestes últimos anos está levando a um quadro de evasão de estudiosos qualificados. Com isso, doutores formados estão indo para outros países para trabalhar porque se deparam com menos possibilidade de atuação no Brasil. Também há o cenário dos mestrandos e doutorandos que estão deixando de fazer pesquisa.
De acordo com o Geocapes, em 2020 foi registrada uma queda de 18% no número de doutorandos. Smaili afirma que essa queda deve continuar em 2021. Isso porque os efeitos dos cortes de gastos aparecem dois ou três anos depois, tratando-se de pesquisa, portanto, o país ainda deve sofrer com as consequências futuramente.
“É um desmonte da ciência e tecnologia no nosso país”
Entre os países da América latina, o Brasil está entre os que têm menor número de doutores por 100 mil habitantes, que é um parâmetro utilizado pelos diferentes países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O Brasil está muito aquém de vários dos nossos vizinhos da América Latina e mais ainda, aquém dos países desenvolvidos como Dinamarca, Noruega, Coreia do Sul, entre outros”, diz Soraya Smaili.
O relatório do CGEE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do MCTI, mostra também um aumento do desemprego de mestres e doutores. “Tudo isso é uma combinação explosiva, um desmonte da ciência e tecnologia no nosso país, o que trará graves consequências para o desenvolvimento econômico”, enfatiza.
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